ITACARÉ (BA): Segunda dose da vacina contra HPV não será aplicada nas escolas. Meninas devem ir aos postos de saúde

Apenas 6% das meninas entre 11 e 13 anos foram imunizadas contra HPV, em Itacaré. Segunda dose da vacinação está disponível nos postos de saúde, do município

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: A campanha de vacinação da segunda dose contra o vírus HPV, no município de Itacaré, na Bahia, vai acontecer somente nas unidades de saúde e, não mais nas escolas. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde não foi alcançada no município. Dados do ministério revelam que, menos de sete por cento das adolescentes da região foram vacinadas. O objetivo do ministério é imunizar no mínimo 75 por cento das meninas entre 11 e 13 anos de idade, com a segunda dose da vacina, no município de Itacaré. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o vírus HPV é a principal causa do câncer do colo do útero. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação acontece em três etapas. Após a primeira dose, a adolescente deve tomar a segunda dose da vacina seis meses depois. A terceira dose, que é o reforço, deve ser aplicada cinco anos depois da primeira aplicação. A campanha do ministério no combate ao vírus HPV tenta diminuir os casos de câncer do colo do útero no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, vão ser descobertos, somente no estado da Bahia, mais de mil e 100 novos casos da doença, em 2015. A coordenadora do Plano Nacional de Imunização, de Itacaré, Marcela Cardoso, destaca que, a procura pela segunda dose da vacina foi baixa, pois, a imunização tem sido feita somente nas unidades de saúde e não mais nas escolas. Marcela, destaca ainda, a importância da imunização.

SONORA: coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Marcela Cardoso.
 
“A vacina contra o HPV é super segura e está aí com o objetivo da prevenção contra o câncer do colo do útero e é super importante. É um ganho da população estar com essa vacina no calendário e a gente pede que todos os pais se mobilizem e sensibilizem seus filhos a estarem procurando os postos de saúde para tomarem essa vacina”.
 
REPÓRTER: O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovich, explica que, a vacina é segura e não há efeitos colaterais graves.
 
SONORA: diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
 
"Qualquer vacina, por ser uma injeção, ela pode produzir efeito colateral. Qualquer injeção pode produzir algum tipo de reação inflamatória no local de aplicação. Pode ficar um pouco vermelho, pode ficar um pouco dolorido, no entanto, isso não representa qualquer gravidade. Assim como qualquer injeção pode provocar a reação em quem não gosta, em quem tem medo ou em quem reage a tomar injeção. Pode ser uma reação de dor, pode ser uma reação de nervosismo, pode até ser uma reação de desmaio, que aconteceria com qualquer injeção, e não por ser uma injeção que contém a vacina contra o HPV".
 
REPÓRTER: As adolescentes entre 11 e 13 anos de Itacaré, que não tomaram a vacina contra o vírus HPV, ainda podem procurar as quatro salas de vacina espalhadas pelo município, entre oito da manhã a cinco da tarde, de segunda à sexta-feira. As jovens do município não precisam da autorização dos pais para tomar a vacina. Mas, é necessário que elas levem o cartão de vacinação ou um documento de identidade.
 
Com colaboração de Guilherme Pesqueira, reportagem, Henrique Carmo

Receba nossos conteúdos em primeira mão.