REPÓRTER: O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, veio a público nesta quinta-feira, para rebater acusações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, contra presidente Dilma Rousseff. Pela manhã, Cunha disse em entrevista coletiva que a presidente havia tentado negociar troca de votos no conselho de Ética, que pode cassar o mandato de Cunha, por aprovação do projeto de Lei que cria a CPMF. De acordo com Eduardo Cunha, nesta quarta-feira, o deputado Federal André Moura, do PSC, de Sergipe, foi levado por Jaques Wagner a um encontro com Dilma. O deputado, ainda segundo Cunha, teria ouvido da presidente a proposta de barganha. Jaques Wagner acusou Eduardo Cunha de ser o único mentiroso sobre a barganha. O ministro admitiu que teve um encontro com o deputado André Moura, mas sem a presença de Dilma.
SONORA: ministro da Casa Civil, Jaques Wagner
“Eu conversei com o deputado André Moura é verdade. A pauta única que ele trazia da parte do presidente sempre foi a questão do conselho de Ética. Quero reafirmar que, quem mentiu foi o presidente Eduardo Cunha. O André Moura não esteve ontem com a presidente Dilma. Teve comigo. Uma única vez”.
REPÓRTER: Sobre a possível instalação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o ministro Jaques Wagner, afirmou que o governo vai unir a bancada aliada para barrar o processo na Câmara dos Deputados. Para o ministro, a presidente Dilma não cometeu crime algum que possa ser usado para abertura de impeachment.
SONORA: ministro da Casa Civil, Jaques Wagner
“Todo mundo sabe que não há dolo, que não há nenhum tipo de má fé, de nada errado com a presidente Dilma. O que eles estão arguindo, e nós vamos rebater, é o não atingimento da meta, que eu acho que, o próprio nome está dizendo. É a meta. O fato de não atingi-la, não pode ser caracterizado como crime de responsabilidade”.
REPÓRTER: Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB, do Rio de Janeiro, autorizou abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma. Se, o processo for aprovado no Congresso, a presidente vai ter que deixar o cargo por 180 dias. Nesse caso, o vice-presidente, Michel Temer, assumiria a presidência.
Reportagem, Cristiano Carlos