HPV: Teresina, Parnaíba, Picos e Piripiri se mobilizam para aplicar segunda dose da vacina contra o vírus

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TEC: Trilha (BG).
 
LOC: As quatro maiores cidades piauienses estão em mobilização para ampliar a aplicação da segunda dose e superar as taxas alcançadas na primeira etapa da vacinação contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, um dos principais responsáveis pelo câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca. No Piauí, a estimativa do Instituto é que surjam 400 casos da doença, apenas neste ano. A vacina contra o HPV está disponível nas Unidades Básicas de Saúde e, este ano, é destinada às meninas de 9 a 11 de idade. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80 por cento das 89 mil meninas nesta faixa etária no estado. Na capital Teresina, que conta com 104 Unidades de Saúde, apenas 37,11% do público-alvo receberam a primeira dose da vacina. A diretora da vigilância em saúde do município de Teresina, Amariles Borba, percebe uma resistência por parte das adolescentes e dos pais em relação à vacina.
 
TEC: Amariles Borba diretora da vigilância em saúde do município de Teresina.
 
“A vacina não mostra nada, só vai mostrar daqui a 30 anos quando ela não adoecer do vírus, do papiloma vírus. Então, está difícil conseguir cumprir a meta e estamos aqui fazendo um esforço conversando, se reunindo com os pais, mas na hora de efetivar a vacina, a gente não tá conseguindo.”
 
TEC: Sobe e Desce (BG).
 
LOC: Já na cidade de Piripiri – quarta cidade mais populosa do estado e com 29 Unidades de Saúde na área urbana e rural –, 56% das jovens procuraram a primeira dose. A coordenadora de imunização do município de Piripiri, Juliana de Oliveira, faz um apelo às mães, pais e responsáveis das jovens e adolescentes.
 
TEC: Coordenadora de imunização do município de Piripiri, Juliana de Oliveira.
 
“Que as mães, elas não se preocupem que o Brasil está fazendo é um bem para essas meninas porque são muitos casos de câncer de colo de útero que deveriam ser evitados. Que procurem as unidades, que não tenham medo, que a vacina é segura, 100% seguro, é eficaz. Não é tomando a vacina que ela vai iniciar sua vida sexualmente ativa, que procurem as unidades.”
 
TEC: Sobe e Desce (BG).
 
LOC: Em Picos – terceira maior cidade piauiense –, a vacinação ocorre em 36 Unidades de Saúde, mais cinco salas de vacinas fixas em Paim, Belo Norte, Belinha Nunes, Vicente Baldoíno e Ipueiras. Mas a cobertura vacinal, na primeira fase da mobilização, só alcançou  53%. A coordenadora de imunização da Secretaria Municipal de Picos, Valdivânia dos Santos, ressalta a segurança da vacina para a prevenção do câncer do colo do útero e faz um apelo aos pais.
 
TEC: Coordenadora de imunização da Secretaria Municipal de Picos, Valdivânia dos Santos.
 
“Então pais, é importante vocês estarem levando suas filhas as unidades básicas de saúde para estar tomando a vacina HPV porque essa vacina ela protege contra 4 subtipos do HPV, são subtipos 6 e 11 consideradas de baixo risco, porém é responsável por cerca de 90% das verrugas genitais e protege também contra os subtipos 16 e 18 responsável por cerca de 60% dos casos de câncer de colo de útero. Por isso é bastante importante as adolescentes estarem se prevenindo contra o HPV, é importante elas estarem indo nas unidades básicas de saúde levando a sua caderneta de vacinação, a identidade e o cartão SUS para tá recendo essa segunda dose.”
 
TEC: Sobe e Desce (BG).
 
LOC: Assim como na capital, em Parnaíba – que registrou cobertura um pouco mais dos 50% – além da vacinação nas 42 Unidades de Saúde, a coordenadoria de imunização também fez parcerias com as escolas. A coordenadora de imunização do município de Parnaíba, Maria Janailda Araújo, ressalta que os postos estão equipados com a vacina HPV e alerta os pais para a necessidade da proteção.
 
TEC: Coordenadora de imunização do município de Parnaíba, Maria Janailda Araújo.
 
“Vamos valorizar a vacina para que a gente não fique doente, todos os postos do município de Parnaíba têm a vacina disponível todos os dias da semana e vamos procurar para a gente não vir a ficar com câncer.”
 
TEC: Sobe e Desce (BG).
 
LOC: É importante lembrar que a vacina funciona melhor para aquelas mulheres que ainda não tiveram contato com o vírus, de preferência para aquelas que ainda não tiverem iniciado as atividades sexuais. É por isso que as vacinas são oferecidas apenas para as meninas de 9 a 13 anos de idade, como explica a presidente da Associação Brasileira de Imunização, Isabella Ballalai.
 
TEC: Isabella Ballalai, presidente da Assossiação Brasileira de Imunização.
 
“As meninas com menos de 15 anos, elas respondem muito melhor à vacina, por conta do sistema imunológico delas ser melhor do que o das mais velhas. Então para elas, a gente faz as três doses em cinco anos. Para as mais velhas, e para as mulheres, são necessárias três doses no intervalo de seis meses, em seis meses essa pessoa toma as três doses.”
 
LOC:  A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

TEC: Encerra trilha (BG).

 

 

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