Data de publicação: 08 de Janeiro de 2015, 03:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
REPÓRTER: O HPV é um vírus altamente contagioso e pode ser transmitido por meio de relações sexuais, ou um simples contato com uma parte do corpo infectada, como mão ou boca. Existem vários métodos de prevenção ao papiloma vírus, como o uso de preservativos durante todo o ato sexual e o acompanhamento médico constante. Porém, a forma mais eficaz e segura de prevenção ocorre ainda na infância, mais especificamente na faixa etária entre 11 e 13 anos. As meninas nesta idade podem tomar as doses da vacina, de graça, em postos de saúde de todo o país. O chefe do Núcleo de Assistência e Detecção Precoce do Câncer do DF, Farid Buitrago, enfatiza que a imunização não tem relação com a vida sexual das jovens e tem como objetivo apenas evitar o contato futuro com o vírus.
SONORA: Chefe do núcleo de assistência e detecção precoce do câncer do DF, Farid Buitrago.
“Existem realmente algumas pessoas que não levam as meninas para vacinar pelo mito que tomou a vacina está estimulando para ter relação sexual. Não, tem que ser esclarecido que o objetivo da vacina nessa idade inicial, precoce, na menina bem jovem é porque a vacina funciona muito melhor neste tipo de pessoas porque as meninas bem novinhas, a grande maioria, ainda não iniciaram a vida sexual. Se não iniciaram a vida sexual a probabilidade de ter tido contato com o vírus é mínimo e se não teve contato com o vírus a vacina vai atuar bem melhor”.
REPÓRTER: As jovens precisam tomar as três doses da vacina. Depois de receber a primeira dose, é preciso tomar a segunda seis meses depois e o reforço cinco mais tarde. A estudante de Buriti dos Lopes, no interior do Piauí, Maria Vitória Sousa, já tomou as duas primeiras doses da vacina contra o HPV e garante está mais segura por poder receber a prevenção contra a doença.
SONORA: Estudante, Maria Vitória Sousa
“A primeira dose nós tomamos na escola e a segunda foi no posto de saúde. Antes eu até tava meio nervosa, só que foi tranquilo, depois não aconteceu nada. Queria só falar para elas procurarem tomar a vacina para não ter problemas”
REPÓRTER: De acordo com informações da Organização Mundial de Saúde, o HPV é a principal causa do câncer do colo do útero e a Doença Sexualmente Transmissível mais freqüente. Por isso o secretário de vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que a vacina é importante para o futuro da saúde das mulheres.
SONORA: Secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
“Vamos lembrar que essa vacina já é usada em mais de cem países do mundo, essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer de colo de útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor do que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
REPÓRTER: Além da vacinação as pessoas podem se prevenir contra o HPV aumentando a imunidade do corpo. Para isso é preciso manter uma alimentação balanceada, manter hábitos saudáveis, como fazer exercícios físicos, não fumar e evitar o stress.
Reportagem, Rodrigo Nunes
