Data de publicação: 27 de Novembro de 2015, 03:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG)
LOC: A capital e as três maiores cidades sul-mato-grossenses estão em mobilização para aplicar a segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, em meninas com idades entre 9 e 11 anos.Campo Grande tem a expectativa de superar as taxas registradas na primeira etapa da campanha de vacinação, quando 40 por cento das meninas da faixa etária receberam a primeira dose da vacina, segundo dados do Ministério da Saúde. O vírus HPV é o principal causador do câncer do colo do útero, doença responsável por mais de cinco mil mortes de mulheres por ano no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca. Agora, a meninas que já tomaram a primeira dose da vacina devem voltar aos postos de saúde para tomar a segunda. A coordenadora de Imunização do município de Campo Grande, Cássia Tieme Kanaoca, explica que, para melhorar a vacinação, as meninas estão sendo vacinadas nas escolas e alguns postos de saúde alteraram o horário de atendimento.
TEC: Coordenadora de Imunização em Campo Grande, Cássia Tieme Kanaoca.
“Bom, aqui na capital a gente ainda está no meio da estratégia de vacinar nas escolas, a gente ainda não vacinou todas, mas a grande maioria, mais de 90 por cento das escolas aderiram e aceitaram a entrada das nossas equipes. Uma estratégia local aqui também foi abrir nove unidades aos finais de semana, com horário especial, para que os pais, responsáveis que trabalham durante a semana e não podem levar as crianças durante a semana por conta de trabalho possam ter este acesso aos sábados e domingos.”
TEC: Sobe e desce trilha (BG).
LOC: Em Dourados, segunda cidade mais populosa do estado, a vacinação contra o HPV também está baixa. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 37 por cento das meninas de 9 a 11 anos foram imunizadas. A coordenadora de Imunização do município de Dourados, Carla Cristina Ribeiro, revela que os agentes de saúde estão buscando as meninas em casa e vacinando nas escolas para garantir que todas sejam protegidas contra HPV.
TEC: Carla Cristina, coordenadora de imunização de Dourados, Mato Grosso do Sul.
“Nós começamos já a intensificação e a divulgação da segunda dose para as crianças de nove a 11 anos e aí nós distribuímos a vacinas para todas as unidades, tem algumas unidades que tem a facilidade, o acesso à escola está indo fazer essa vacinação na escola. As unidades que não conseguem este acesso fazem a busca ativa e a divulgação com os agentes comunitários de saúde.”
LOC: Em todo município de Corumbá são 20 Unidades Básicas de Saúde alem de três Policlínicas municipais que contam com salas de vacina. Em Três Lagoas são 13 Unidades Básicas de Saúde e quatro Policlínicas onde as meninas podem procurar para tomar a segunda dose contra o vírus.
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LOC: Mesmo sem verrugas visíveis, as pessoas infectadas podem transmitir o vírus aos seus parceiros sexuais. As lesões mais comuns ocorrem na vulva, vagina, ânus e pênis. Mas o órgão genital feminino possibilita maior desenvolvimento e multiplicação do vírus HPV e se não tratadas podem evoluir para um câncer, como conta a ginecologista e mestre em doenças infecciosas, Neide Tosato.
TEC: Neide Tosado, ginecologista.
“Geralmente ele necessita de um atrito de pele, não necessariamente a relação sexual penetrativa. Ele precisa ferir a pele para entrar nela. O atrito mesmo sem a penetração pode causar a infecção pelo vírus e a lesão. Agora o beijo não é normal porque geralmente você não tem o vírus na boca, a não ser que através da relação sexual oral você adquira o vírus nessa região e o atrito da boca pode até fazer com que você tenha uma lesão, mas em geral, o beijo não é o que transmite o vírus HPV, mais a relação sexual mesmo.”
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LOC: É importante lembrar que a vacina funciona melhor para aquelas mulheres que ainda não tiveram contato com o vírus, de preferência para aquelas que ainda não tiverem iniciado as atividades sexuais. É por isso que as vacinas são oferecidas apenas para as meninas de 9 a 13 anos de idade, como explica a presidente da Associação Brasileira de Imunização, Isabella Ballalai.
TEC: Isabella Ballalai, presidente da Assossiação Brasileira de Imunização.
“As meninas com menos de 15 anos, elas respondem muito melhor à vacina, por conta do sistema imunológico delas ser melhor do que o das mais velhas. Então para elas, a gente faz as três doses em cinco anos. Para as mais velhas, e para as mulheres, são necessárias três doses no intervalo de seis meses, em seis meses essa pessoa toma as três doses.”
TEC: Sobe e desce BG.
LOC: A vacina é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção.Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
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