HPV: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop pretendem vacinar 80% de meninas entre 9 e 11 anos

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TEC: Trilha (BG)
 
LOC: Natália Figueiredo é advogada e mora em Cuiabá. Aos 30 anos de idade enfrentou o câncer do colo do útero. Ela conta que o tratamento da doença foi difícil.
 
TEC: Natália Figueiredo, personagem.
 
“No meu caso, a minha lesão era uma lesão de quatro milímetros. Era uma lesão pequena, porém eu tive que fazer quatro cirurgias mais a quimioterapia, tudo no ano de 2012. Digamos que entre cirurgia e quimioterapia eu acho que a parte mais sofrida é a quimioterapia, que a quimioterapia a gente tem muitas reações, muitas dores, a queda do cabelo, que para a mulher é muito importante, então assim acho que a parte mais sofrida foi essa questão da quimioterapia.”
 
LOC: Natália está no grupo das mulheres que lutaram e sobreviveram ao câncer do colo do útero, mais muitas outras não conseguem superar a doença, que mata mais de cinco mil mulheres por ano no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o INCA. Este tipo de câncer está diretamente ligado à infecção pelo Papiloma Vírus Humano, o HPV. E para evitar futuros casos como o da Natália, a capital e as três maiores cidades mato-grossenses estão em mobilização para vacinar meninas de 9 a 11 anos contra o HPV. A ação já está na segunda etapa e Cuiabá trabalha para superar as taxas de vacinação registradas na primeira fase, quando menos da metade do público-alvo recebeu a primeira dose da vacina. Para aumentar a proteção das meninas da capital, a Secretaria de Saúde está levando a vacina contra o HPV às escolas da cidade, como explica a responsável Técnica de Imunização do município, Marta Cristina Cruz.
 
TEC: responsável Técnica de Imunização de Cuiabá, Marta Cristina Cruz.
 
“O que a Vigilância juntamente com a Secretaria de Saúde  decidiram foi adotar a estratégia que o Ministério nos recomendou, que é ir até as escolas levar o documento, o pai autorizando fazer a vacinação na escola. Essa é a nossa estratégia e também as ACSs estão indo de casa em casa na área de abrangência olhando o cartão de vacina e orientando sobre a importância da vacina, que eu acho que esse vai ser um trabalho que vai dá um grande resultado, porque eles estão orientando os pais quanto a importância desta vacina, porque muitos pais tem medo.”    
 
LOC: Em Cuiabá são 51 Unidades do Saúde da Família e 22 centros de saúde espalhados pela região Metropolitana e distritos da capital, onde as meninas podem tomar a vacina contra o HPV.A exemplo de Cuiabá, o segundo município mais populoso do estado, Várzea Grande, apresentou taxas baixas de vacinação. Na primeira etapa, apenas 40% das jovens tomaram a primeira dose na cidade.  O superintendente de Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Giulliano Melo, convida as mães, pais e responsáveis a levar a meninas aos postos de saúde.
 
TEC: superintendente de Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Giulliano Melo.
 
“Principalmente as mães e os pais que oriente aos seus filhos que é importante a gente completar o esquema. Não é porque fez a primeira dose lá que está imunizado, tem que garantir a imunidade com a segunda dose. Então é importante que todas essas crianças e adolescentes que fizeram a vacina da segunda dose ou que ainda não começaram, que precisa fazer a primeira, que procure a unidade mais próxima de sua casa, Unidade Básica de Saúde aqui de Várzea Grande, para que complete o esquema ou inicie, porque hoje a gente ainda tem um grande número de crianças que está faltando tomar a segunda dose e que ainda não voltou na unidade.”     
 
LOC: Em Várzea Grande são 15 Unidades Básicas de Saúde e cinco Policlínicas com salas de vacina que atendem de oito da manhã às cinco da tarde.Em Rondonópolis, terceira maior cidade mato-grossense, e Sinop, a quarta maior, a expectativa é superar, nesta segunda etapa, os 59% e 45% de garotas vacinadas, respectivamente. Em todo Mato Grosso, a meta do Ministério da Saúde é imunizar mais de 64 mil meninas contra o HPV.
 
TEC: Sobe e desce trilha (BG).
 
LOC: É importante lembrar que a vacina funciona melhor para aquelas mulheres que ainda não tiveram contato com o vírus, de preferência para aquelas que ainda não tiverem iniciado as atividades sexuais. É por isso que as vacinas são oferecidas apenas para as meninas de 9 a 13 anos de idade, como explica a presidente da Associação Brasileira de Imunização, Isabella Ballalai.
 
TEC: Isabella Ballalai, presidente da Assossiação Brasileira de Imunização.
 
“As meninas com menos de 15 anos, elas respondem muito melhor à vacina, por conta do sistema imunológico delas ser melhor do que o das mais velhas. Então para elas, a gente faz as três doses em cinco anos. Para as mais velhas, e para as mulheres, são necessárias três doses no intervalo de seis meses, em seis meses essa pessoa toma as três doses.”
 
TEC: Sobe e desce BG.
 
LOC: A vacina é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deve tomar três doses para completar a proteção. Quem tomou a primeira dose deve agora tomar a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira e, a terceira cinco anos após a primeira dose. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

 


TEC: Encerra trilha (BG).

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