REPÓRTER: Meninas com idade entre 11 e 13 anos devem tomar a segunda dose da vacina contra o HPV, vírus que causa o câncer do colo do útero. Pais e responsáveis devem aproveitar o período de férias escolares e acompanhar as jovens até um posto de saúde para a continuidade do tratamento. Na cidade de Guarabira, no estado da Paraíba, as doses estão sendo aplicadas no núcleo regional de saúde, na Rua Padre Hidelbrando Marques, no centro da cidade. Dados do Instituto Nacional do Câncer indicam que em 2015, cerca de duzentas e 90 mulheres, devem descobrir que estão com câncer uterino no estado da Paraíba. Para a coordenadora de imunização do município de Guarabira, Vera Lúcia, assim como a poliomielite, o vírus do HPV deve ser erradicado do Brasil
SONORA: Verá Lúcia, coordenadora
“A Pólio não tem mais no Brasil, porque? Porque todas as crianças estão vacinadas,Daqui alguns anos, todas as crianças e adolescentes vão estar vacinadas, então elas não tem como transmitir, vai reduzir o câncer de colo de útero, vai reduzir, ficar zero. Foi um avanço em termos de saúde pública, porque você vai adquirir os negócios de graça, vai lá no seu PSF e toma. Pra mim foi um dos maiores avanços. Eu fico com meu coração apertado quando eu encontro uma ficha sem a segunda dosagem. Porque a vacina contra o HPV tem que ser feita pelo menos duas”.
REPÓRTER: Somente no estado de Paraíba existe um risco estimado de 15 novos casos de câncer no útero para mil mulheres em 2015. A vacina é segura e não tem contraindicação. Após imunizarem as meninas, Estados Unidos e Austrália, reduziram em quase 90 por cento os casos de câncer uterino. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica porque é importante vacinar as mulheres já na adolescência.
SONORA: Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa
“Essa geração que está sendo vacinada contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV com o exame Papanicolau a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de morte por câncer de colo do útero. Por isso as famílias não podem perder essa oportunidade, e não devem dar ouvidos a boatos de redes sociais a boatos que não tem nem comprovação no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Essa vacina é uma vacina cara antes de ser incorporada pelo SUS, hoje qualquer menina do nosso país pode estar protegida contra o câncer de colo do útero.”
REPÓRTER: A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, é aplicada em meninas de 11 a 13 anos. Outra medida importante é a realização do exame Papanicolau pelas mulheres em idade adulta. A professora, Valéria Luiza, leciona no Centro Educacional, Maria Eulália Cantalice, em Guarabira, e faz um alerta para os pais que ainda não vacinaram suas filhas.
SONORA: Valéria Luiza, professora
“Pais e mães, é de grande importância que você veja a questão da vacina, da vacinação do HPV. Não deixem que as suas crianças fiquem sem tomar, porque ela é a prevenção contra o câncer de colo de útero. Vejam isso com mais cuidado e com mais responsabilidade.”
REPÓRTER: A vacina contra o HPV está disponível durante todo ano nos postos de saúde de todo pais, o Ministério da Saúde orienta que as meninas devem seguir o calendário com os intervalos. As doses são aplicadas em três etapas: a segunda deve ser aplicada seis meses após a primeira e a última, cinco anos após a primeira dose. Os municípios de Pirpirituba, Mulungu e Alagoinha também estão com baixa procura pela vacina, moradores dessas localidades devem procurar um posto de saúde mais próximo para vacinarem as meninas entre nove e 13 anos.
Reportagem, Rodrigo Santos
