GOIÁS: Combate ao Aedes aegypti vai visitar 2 milhões de residências no estado

2 mil agentes de endemia estão mobilizados para ajudar no combate ao mosquito

 

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REPÓRTER: O Goiás está em guerra contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika. São cerca 2 mil agentes de endemias, 8 mil agentes de saúde que, com a ajuda dos Bombeiros, já estão nas ruas de todo o estado para conscientizar a população sobre a necessidade de combater, identificar e destruir os criadouros do Aedes. Objetivo é visitar os 2 milhões de imóveis em todo o estado. Yasmin Fernandes tem 20 anos e é estudante de direto. Ela mora no bairro Nova Vila, com sua avó, em Anápolis que é uma das cidades que mais sofre com casos de dengue. Yasmin conta que recebeu a visita dos agentes de endemia em casa e não teve receio de deixar que eles ajudassem a fiscalizar o foco do mosquito.  

SONORA:  Yasmin Fernandes, estudante

 “Então não tem porque ter medo de abrir a sua residência para eles estarem olhando e entrando, é uma coisa normal. Então é muito importante você deixar os agentes estar entrando, porque muitas vezes a gente não tem todas as informações que são possíveis muitas vezes a gente pensa que sabe de tudo, mas as vezes eles tem uma coisa a mais pra passar da gente e tal.”

REPÓRTER: Todos os agentes de saúde podem ser reconhecidos pelos moradores porque usam uniformes e credencias. A Secretaria de Saúde de Goiás informou que, além de Anápolis, Aparecida de Goiânia e Rio Verde estão entre as localidades com maiores casos de mortes por dengue. Rosângela Lopes mora no bairro Jardim Floresta, em Aparecida de Goiânia. Ela é promotora de eventos na cidade e sabe dos perigos do Aedes aegypti, porque sua mãe já teve dengue hemorrágica. Rosângela também recebeu a visita dos agentes de saúde em sua casa e conta o porquê de ter permitido a vistoria, depois de ter identificados os agentes de endemia.

 SONORA: Rosângela Lopes, promotora de eventos  

“Porque a gente vê a questão de parentes né, sofrendo com essa doença e quem já teve dengue sabe o quanto é difícil as dores no corpo, então é importante a gente estar pedindo a identificação da pessoa, mas após a identificação correta a gente permitir que eles olhem, porque é uma ajuda a mais. Às vezes a gente tá tão preocupado com os afazeres da casa que a gente esquece de olhar. Então é importante todos nós cuidarmos pra ninguém mais sofrer.

REPÓRTER:  Em Goiás, os agentes de endemias já visitaram aproximadamente 900 mil residências em todo o estado. De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, até agora, existem 72 casos suspeitos de microcefalia e 6 já foram confirmados. A microcefalia é uma das doenças que possivelmente é causada pelo Zika vírus. A Secretaria de Saúde de Goiás informou que as cidades em que os agentes mais encontraram focos do mosquito transmissor da doença foram Mimosa de Goiás, Professor Jamil e Serranópolis. O Secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, conta que a ajuda desses profissionais é fundamental para eliminar os focos do Aedes. Ele faz um apelo para que a população colabore com os agentes.

SONORA: Leonardo Vilela, Secretário de Saúde do Estado de Goiás

“É fundamental para o combate ao mosquito Aedes aegypti a visita do agente comunitário de saúde, do agente de combate a endemias. Esses profissionais estão preparados para identificar os criadouros, para eliminá-los, e para orientar a população sobre o que fazer para não deixar com que isso aconteça novamente. Por tanto receba bem o agente de saúde, ouça e aprenda com ele o que é necessário fazer para prevenir os focos do mosquito da dengue, da Zika e do chukungunya.”

REPÓRTER: A recomendação do Ministério da Saúde é que, cada família reserve 15 minutos por semana para combater o mosquito Aedes. A principal forma de se proteger do Zika e microcefalia, da dengue e chikungunya é impedir que o mosquito nasça.  O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, chama a atenção para a necessidade de uma rotina de combate ao mosquito.

SONORA: Marcelo Castro, Ministro da Saúde

O que a gente precisa ter a compreensão é a de que é um trabalho que é duradouro, que nós não vamos eliminar o mosquito de uma hora para outra e que é preciso ser uma ação continuada, rotineira, sistemática.”

REPÓRTER: Qualquer pessoa pode agendar uma visita ao seu domicílio, basta entrar em contato com a secretaria de saúde de seu município. De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é essencial. Saiba mais na internet, no endereço combateaedes.saude.gov.br

Reportagem, Bruna Goularte

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