FEBRE AMARELA: Combate à doença envolve quatro estados

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LOC.: O risco de uma epidemia de febre amarela mobiliza pelo menos quatro estados brasileiros. A situação mais delicada é em Minas Gerais, onde, de acordo com o último boletim da secretaria estadual de saúde, do dia 21 de fevereiro, 83 pessoas haviam morrido com a doença, num total de 234 casos confirmados. A região leste do estado é a que mais preocupa. São 152 municípios em volta de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano e Manhumirim. Esses municípios receberam mais de dois milhões de doses da vacina contra a febre amarela. Mas de um modo geral, a luta em Minas é para que a febre amarela não chegue às cidades, e aí, ela vira uma batalha dentro de uma outra guerra: o combate ao mosquito que além da doença também transmite Dengue, Zika e Chikungunya. É o que explica o subsecretário de Saúde de Minas, Rodrigo Said.

TEC./SONORA: Rodrigo Said, subsecretário de saúde de Minas Gerais.

“No caso do controle da febre amarela, nós também temos o objetivo de evitar uma possibilidade de reurbanização dessa doença. De qual maneira? É através do controle do Aedes aegypti. Então, nas áreas urbanas, principalmente aqui na região metropolitana de Belo Horizonte, o controle do Aedes focado na Dengue vai possibilitar também pra gente a não ocorrência do ciclo urbano da febre amarela. Por isso é de extrema importância manter todas as ações de combate ao mosquito.”

LOC.: No Espírito Santo, a estratégia foi começar a vacinar a população dos municípios que fazem divisa com Minas, mas essa faixa foi ampliada para impedir que a doença chegue ao centro do estado e litoral capixaba. Danielle Grillo, coordenadora do Programa de Imunização da secretaria de Saúde estadual, conta que além de oferecer a vacina contra a febre amarela nos postos de saúde, agentes de saúde vão atrás de quem nunca tomou a vacina.

TEC./SONORA: Danielle Grillo – Coord. Do Programa de Imunização da Sec de Saúde do Estado do Espírito Santo.


“Essa é uma recomendação nossa aqui no estado que o agente comunitário de saúde, principalmente na zona rural ele enquanto inserido na equipe de saúde realize a busca ativa de pessoas não vacinadas. Ele vai olhar o cartão de vacina, a gente fala de resgate de não vacinados. Essa busca é muito importante para que uma pessoa que não receba o chamado de vacinação e tenha necessidade de vacina fique de fora.”

LOC.: No Rio, o alvo da vacinação contra a febre amarela são 21 municípios que ficam nas divisas com Minas e Espírito Santo. A secretaria estadual de Saúde estipulou que devem ser vacinadas crianças a partir dos nove meses e adultos até sessenta anos, mas o Subsecretário de Vigilância em Saúde do estado, Alexandre Chieppe, diz que cada município decide qual estratégia é melhor para imunizar a população.

TEC./SONORA: Alexandre Chieppe, Subsecretário de Vigilância em Saúde do estado.

“Estamos falando de uma vacinação, no bloqueio, de alguns municípios que envolvem toda a população entre nove meses e 60 anos de idade, salvo as contraindicações. Então, é um desafio muito grande para qualquer secretaria municipal de Saúde fazer uma vacinação desse porte. Então, vamos diminuir em etapas, mas cada secretaria municipal de Saúde tem autonomia para definir esse público alvo em cada uma dessas etapas, mas a expectativa é que a gente consiga vacinar esse público em um período que varia entre três e seis semanas. É um período bastante razoável considerando toda a logística envolvida na vacinação de um grande contingente populacional.”

LOC.: A Bahia ainda não registrou caso de febre amarela contraída no próprio estado, mas toma providências como manter em alerta a região oeste e reforçar a vacinação em cidades do extremo sul, como Serra Dourada, Porto Seguro e Belmonte. A exemplo do Rio de Janeiro, as cidades é que formulam a estratégia de vacinação, como explica a superintendente de Proteção da Saúde do estado, Ita de Cássia.

TEC./SONORA: Ita de Cássia, Superintendente de Proteção da Saúde.

“Cada município desses, montou a sua estratégia. Vacinação pelas unidades básicas de saúde na zona rural, que é a população prioritária. Que está na mata por conta do risco da contração da febre, já que nós temos o Haemagogus nessas áreas. E nas cidades, a vacinação está normal. O posto fica aberto no horário normal.”

LOC: Outras informações sobre a febre amarela, vacina e prevenção contra a doença estão disponíveis no site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br. Ministério da Saúde, Governo Federal.

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