ESPORTE: Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem inicia atividades visando Jogos Olímpicos Rio 2016

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REPÓRTER: Começaram, oficialmente, nesta segunda-feira, as operações do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), visando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Ao todo, cerca de cinco mil amostras de urina e sangue de atletas participantes das Olimpíadas vão ser analisadas pelo laboratório. Para os Jogos Paralímpicos, a estimativa é de que mil e duzentas amostras sejam avaliadas. O que representa mais de dez mil análises durante o período dos eventos esportivos.
 
O laboratório, que faz parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi credenciado pela Agencia Mundial Antidopagem, Wada, em maio de 2015, depois de ter perdido a certificação em 2013, por conta de defasagem de equipamentos. A certificação do LBCD foi resultado de um investimento de 112 milhões de reais do Ministério do Esporte e de 38 milhões de reais do Ministério da Educação que, juntos, financiaram a construção da nova sede do laboratório, na UFRJ. O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, afirmou, durante o evento de inauguração das operações olímpicas no laboratório, que os investimentos feitos pelo Governo Federal vão fazer Brasil referência no combate a dopagem.

SONORA
: Edinho Silva, Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

“Eu não tenho nenhuma dúvida que os 270 milhões de reais, investidos aqui, vão fazer do Brasil uma referência e vão deixar um legado não só para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas também para outras instituições de pesquisa. Mas aqui, efetivamente, é uma demonstração do que representa, do que pode, e do que será o legado das Olimpíadas do Rio de Janeiro”.
 
REPÓRTER: Além de Edinho Silva, a cerimônia no LBCD também contou com as presenças do ministro do Esporte, Ricardo Leyser, e do Secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurélio Klein. De acordo com o secretário, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem traz uma estrutura de ponta ao País.
 
SONORA: Marco Aurélio Klein, Secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem.
 
“Teremos agora, durante os Jogos Olímpicos, um processo, que é um processo de convivência com a “Champions League” dos químicos do mundo. Todos estarão aqui para aprender conosco para compartilhar o que sabem. E isso fecha um circuito de legado extraordinário. Eu tenho o entendimento que é um dos maiores legados, mais palpáveis, dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016 para o governo Brasileiro, para a ciência brasileira e, sobretudo, para a luta contra a dopagem no esporte”.
 
REPÓRTER: Para o ministro do Esporte Ricardo Leyser, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem representa uma evolução muito grande para a organização do esporte Brasileiro. Segundo o ministro, desde a criação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, na época da escolha do Rio como cidade sede dos Jogos, o Brasil tem avançado cada vez mais em medidas de combate a dopagem.
 
SONORA: Ricardo Leyser, ministro do Esporte.
 
“O Brasil sai de uma ideia de controle de dopagem, que é um exame de urina após jogo de futebol e entra dentro do que há de mais moderno, nessa aera com pessoas especializadas, com instituição especializada. Então, o Brasil faz uma grande modernização institucional que obviamente é acompanhada de uma grande revolução dos recursos humanos. Um mercado que é criado, pessoas que são especializadas, são contratadas, para dar conta dessa nova realidade com a criação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem”.
 
REPÓRTER: Durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, o laboratório vai funcionar 24 horas por dia, ao longo de todo o período de competições. De acordo com o novo Código Brasileiro Antidopagem, criado em março deste ano, os oficiais de controle precisam ser profissionais da área de saúde, com curso superior. Além disso, para que possam atuar, os agentes precisam ser autorizados pela ABCD. O novo código atende a uma exigência imposta pela Agência Mundial Antidoping (Wada).  A expectativa é de que cerca de 150 oficiais de controle de dopagem atuem nas Olimpíadas e Paralimpiadas.
 
Reportagem, João Paulo Machado

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