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Profissionais do setor de Serviços de São José dos Campos cobram mais atenção
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A população de São José dos Campos sente na pele as consequências do desemprego que tem atingido a cidade no período de maio de 2017 a abril deste ano. Segundo números divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de 1.351 pessoas perderam o emprego na cidade. Dos setores da economia, o único que gerou empregos nesse período foi o setor de serviços, responsável pela criação de 574 vagas de trabalho com carteira assinada.
Mesmo assim, profissionais da área de serviços ainda lamentam a falta de reconhecimento e de investimentos no setor. É o que explica José Luiz Nogueira Fernandes, presidente da Federação de Serviços do Estado de São Paulo.
“Estamos analisando como é que fica nossa efetividade como setor de Serviços. Evidentemente, nós sofremos como todos os brasileiros. Serviços é a [área] que mais emprega no país e a que é menos vista, menos ajudada pelo governo”, avalia.
Em São José dos Campos, tanto o Serviço quanto a Indústria são setores importantes para a economia local. O presidente da Fedesp, explica como essas áreas interagem no estado. De acordo com ele, “em 60% das cidades do estado de São Paulo, a preponderância é Serviços. Os outros 40% são cidades em que a preponderância é Comércio e Indústria. São José dos Campos é meio a meio, tem tanto Indústria como tem Serviços”.
A análise de José Luiz Nogueira acende um alerta sobre o desemprego em São José dos Campos. Isso porque, enquanto o setor de Serviçosgerou empregos, a Indústria fez o contrário: desempregou. De acordo com Caged, nesse período de maio de 2017 a abril de 2018, 6.640 pessoas que trabalhavam na Indústria Extrativista perderam o emprego com carteira assinada. Na contramão, foram 5.920 pessoas contratadas pelo setor. A diferença entre esses dois valores mostra que São José dos Campos sofreu com 720 postos de trabalhos fechados no período.
Acontece que nem só de Serviços e Indústria sobrevive São José dos Campos. Historicamente, um setor que é chave para a economia do estado de São Paulo é o da Construção Civil. E essa área também não vai bem em São José. Ainda olhando para o período que engloba os últimos 12 meses a partir de abril, a Construção Civil foi responsável pelo fechamento de 781 vagas de empregos formais na cidade. O diretor da regional de São José dos Campos do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Mário Cezar de Barros, lembra da importância que o setor tem para a economia local.
“A construção civil é o motor da economia. É o setor que mais responde a uma melhora da economia, como também é o que paralisa mais rápido com uma queda da economia.”
Ainda de acordo com Mário Cezar de Barros, São José é uma cidade com características tecnológicas, que atrai empresas de outros países, o que alavanca o emprego. Para o especialista, o setor precisa ser incentivado para a retomada da economia no município.
Eleições 2018
Em meio à crise econômica que atingiu o Brasil nos últimos anos, temas relacionados ao desemprego têm se tornado centrais quando o assunto é a recuperação econômica. São José dos Campos, por exemplo, fechou mais de 1.300 vagas de emprego no período de maio de 2017 a abril de 2018.
E quando se trata dos pré-candidatos à presidência da República, a temática não é diferente: os futuros candidatos têm tratado o combate ao desemprego como prioritário em suas propostas de governo.
O pré-candidato Guilherme Boulos, do PSOL, por exemplo, defendeu em entrevista ao site BBC que “o caminho para estimular a economia é investimento público direto em áreas fundamentais [...] de infraestrutura social que trazem uma série de benefícios para o conjunto da sociedade, ao mesmo tempo que geram emprego.”
Geraldo Alckmin, pré-candidato pelo PSDB, também falou sobre o desemprego. Em sabatina realizada pela Folha de S. Paulo, UOL e SBT, Alckmin disse acreditar na retomada da economia.
“O Brasil vai voltar a crescer porque não é razoável ter 13 milhões de desempregados, mais outros milhões no desalento”, afirmou.
E não só a situação do desemprego no Brasil é destaque entre os pré-candidatos. Ciro Gomes, do PDT, chegou a se pronunciar sobre a situação no Vale do Paraíba e citar municípios como São José dos Campos.
“São José dos Campos e Taubaté iniciaram o ano passado entre as 370 cidades de São Paulo - com mais de 10 mil habitantes - que mais destruíram empregos. Isso não é brincadeira. Entre as 20 cidades que mais destruíram empregos em São Paulo, estão a cidade de São José dos Campos e Taubaté, que são lugares de uma Indústria moderníssima, com infraestrutura. Isso se deve à política econômica desastrada que governa o nosso país”, analisou o pré-candidato.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, nos quatro primeiros meses do ano, o município de São José dos Campos mais demitiu do que contratou: foram 22.385 pessoas empregadas com carteira assinada no município, enquanto 22.481 foram demitidas de seus empregos. Essa diferença mostra que o município fechou 96 postos de trabalho formais no período.
Reportagem, Juliana Gonçalves
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