EDUCAÇÃO: Segunda versão do novo currículo da Educação Básica deve ser lançada ainda em abril

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REPÓRTER: O ministério da Educação entrou na reta final para a implantação da Base Nacional Comum Curricular do ensino fundamental do país. O documento vai orientar os caminhos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes durante a educação infantil, ensino fundamental e médio, em matemática, linguagens, ciências da natureza e humanas, em todas as escolas públicas e particulares do país. A primeira versão da BNCC foi publicada em setembro do ano passado e já foi discutida em consulta pública. Este mês, o ministério da Educação deve apresentar a segunda versão da base e realizar seminários em todos os estados para discussões finais sobre o documento. Entre as mudanças do currículo está a padronização de 60 por cento do conteúdo da educação básica. Ou seja, as escolas de todo país vão ter que ensinar o mesmo conteúdo nas áreas de linguagem, matemática e ciências humanas. Os outros 40 por cento restantes vão ser preenchidos com disciplinas que valorizem a regionalidade de cada estado e município. O presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Samuel Lara, acredita que o novo currículo deveria ter menos disciplinas e elaborado para preparar o aluno para vida e não apenas para passar em vestibular, por exemplo.
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
 
“A possibilidade de redução no número de disciplinas e que os conteúdos estivessem focados com maior objetividade para formação do aluno e não pensando na sua avaliação. O aluno termina o ensino médio sendo avaliado como se ele já tivesse que ter um conhecimento necessário ao ensino superior. Em verdade, ele estudou a base para ele entrar no ensino superior.”
 
REPÓRTER: A nova Base Nacional Comum Curricular prevê ainda, a introdução das ideologias de gênero e sexualidade no ensino fundamental e médio. A medida gera polêmica e criticas. Para o coordenador do movimento Escola Sem Partido, Miguel Nagib, alunos de 11, 12 anos não têm maturidade necessária para compreender as ideologias de gênero. Além disso, Ele lembra que, as ideologias podem conflitar com a educação moral que as crianças recebem dentro de casa pela família.  
 
SONORA: coordenador do movimento Escola Sem Partido, Miguel Nagib
 
“A ideologia de gênero contém postulados que, da maneira como vem sendo apresentada hoje, afrontam o direito dos pais sobre a educação moral dos seus filhos. Quando a teoria de gênero afirma que não há diferenças naturais entre homens e mulheres, ela está fazendo uma afirmação que se choca com a crença e as convicções morais dos pais dos alunos e, isso ela não pode fazer”.  
 
REPÓRTER: Após os seminários estaduais de discussão da nova Base Nacional Comum Curricular, que devem ocorrer em maio, a próxima etapa vai ser a apresentação do documento. O ministério da Educação prevê finalizar a implantação da nova BNCC em junho.
 
Com a colaboração de Cristiano Carlos, reportagem, Bruna Goularte   

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