EDUCAÇÃO: Movimento de pais e professores questiona Base Nacional Comum Curricular

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REPÓRTER: O conteúdo da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, está sendo discutido em seminários que acontecem em todos os estados do Brasil. O documento tem o objetivo de determinar quais são os conteúdos mínimos a serem ensinados para os alunos da educação básica no país. Mas formulação da base ainda gera debate entre educadores. Um exemplo é o Movimento Unidos pela Educação, o MUPE, que, além de professores, já reúne centenas de pais e mães preocupados com a educação dos filhos. Na avaliação da porta-voz do movimento, Glaucia Basile, a BNCC é muito extensa e esquece o que realmente é básico para a formação pedagógica de uma criança.
 
SONORA: Glaucia Basile, porta-voz do MUPE
“A situação alarmante da educação brasileira não se deve a um currículo fraco, e sim às dificuldades no processo educacional. Por exemplo, a gente tem escolas sem material, escola sem cadeira, escola sem quadro negro, não tem luz, não tem marmita... Não tem aula. O que pode importar um currículo enorme, se os alunos não conseguem nem permanecer na escola?”.
 
REPÓRTER: Já o presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Samuel Lara, acredita que o novo currículo deveria ter menos disciplinas. De acordo com ele, a BNCC devia ser elaborada para preparar o aluno para vida e não apenas para passar no vestibular.
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
“A possibilidade de redução no número de disciplinas e que os conteúdos estivessem focados com maior objetividade para formação do aluno e não pensando na sua avaliação. O aluno termina o ensino médio sendo avaliado como se ele já tivesse que ter um conhecimento necessário ao ensino superior. Em verdade, ele estudou a base para ele entrar no ensino superior.”
 
REPÓRTER: O Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime, vão sistematizar as contribuições que forem apresentadas nos seminários estaduais. O presidente da Undime, Alessio Costa, acredita que o documento final da base vai refletir os anseios da sociedade.
 
SONORA: Alessio Costa, presidente da Undime
“Nosso desejo me termos uma Base Curricular cada vez mais melhorada. E que essa base ela de fato reflita os desejos e anseios da população e da sociedade brasileira como um todo”.
 
REPÓRTER: Depois dos seminários, a previsão é a de que O Consed e a Undime desenvolvam um relatório único, que deve ser entregue até o fim de agosto ao Ministério da Educação

 

Reportagem, Bruna Goularte

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