Data de publicação: 15 de Agosto de 2017, 01:01h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
Nesta terça-feira (15), o Movimento Brasil Livre (MBL) realiza marchas pelo Brasil em apoio ao projeto Escola Sem Partido. A proposta, que está em discussão na Câmara dos Deputados, prevê neutralidade política do Estado sobre a educação fornecida a estudantes de todo o país. Segundo o MBL, cerca de 106 cidades de 19 estados devem participar do ato. A data foi escolhida para que o projeto de lei seja entregue também nas Câmaras de Vereadores. Em cidades onde o projeto já está em tramitação, haverá um ato de apoio para pressionar a aprovação do texto. O coordenador nacional do MBL, Kim Kataguiri, explica que a marcha é um ato em defesa da educação brasileira.
"A gente está fazendo esse movimento para fortalecer a educação e fazer com que o país comece de fato a se preocupar com disciplinas importantes, como português e matemática, e menos com militância partidária”.
O fundador do movimento Escola Sem Partido, Miguel Nagib, rebate as críticas de que o projeto é uma forma de adotar uma educação conservadora e direitista nas escolas. Para que esse e outros pontos sejam amplamente debatidos, ele considera que a mobilização popular é fundamental.
“A sociedade civil, por meio de vários movimentos de rua, o próprio movimento Escola Sem Partido está se mobilizando para esta marcha para demonstrar que a sociedade brasileira está preocupada com o problema da doutrinação e apoia a iniciativa do nosso movimento”.
A proposta que tramita na Câmara tem gerado polêmica entre os parlamentares. Diante da complexidade do texto, a Comissão Especial Escola Sem Partido pediu prorrogação do prazo para debate, na última terça-feira. O Escola Sem Partido propõe que seja afixado na parede das salas de aula do país um cartaz, em que estarão escritos os deveres do professor, como, por exemplo, não constranger os alunos em razão de convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas. O tema tem o apoio da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen.
Reportagem, Tácido Rodrigues
