EDUCAÇÃO: Escolas não devem criar gastos que levem ao aumento exagerado de mensalidades, recomenda Confederação

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REPÓRTER: Com a chegada do final do ano cada vez mais próxima, chega também uma preocupação para as famílias: a rematrícula dos filhos nas escolas. O tema costuma inquietar os pais, já que pode afetar diretamente o orçamento familiar no próximo ano. E não apenas isso: as escolas já se preparam para reajustar o preço das mensalidades, sem cobrar injustamente pelo serviço prestado.


Na avaliação da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Confenen, o Brasil enfrenta uma recessão econômica séria. Por isso, a Confederação não recomenda que as escolas criem novos serviços que possam causar o aumento exagerado das mensalidades. Apesar disso, o advogado da Confenen, Carlos Jean, explica que alguns fatores podem fugir ao controle das escolas.


SONORA: Carlos Jean, advogado da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino.
“O valor da mensalidade ou da anualidade não compreende apenas o ensino que é ministrado pelo professor dentro da sala de aula. Isso é uma coisa que a gente ouve muito, mas não é isso. Existem outros custos pesadíssimos que influenciam o valor da mensalidade. Esses custos também são reajustados, às vezes bem em cima da inflação. Eu posso e dar como exemplo, recentemente tivemos aumentos muito a cima da inflação na tarifa de energia elétrica, temos ainda aumento significativo na taxa de água, aumento na carga tributária, entre outros.”


REPÓRTER: De acordo com a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, o mais plausível é que a mensalidade das escolas particulares aumente, em média, de oito a nove por cento em 2017. O advogado da Confenen, Carlos Jean, explica como o como o cálculo costuma ser feito no Brasil.


SONORA: Carlos Jean, advogado da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino.
“Normalmente, o aumento tem relação com a inflação do ano anterior. Eu digo normalmente, porque o aumento da mensalidade ou semestralidade não está vinculado a qualquer índice inflacionário. Com base no INPC a inflação deve ficar entre 8 a 8,3 por cento. O normal, então, é que o reajuste fique de 8 a 9 por cento no ano que vem”.


REPÓRTER: Para que a decisão mais acertada sobre a matrícula seja feita, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino recomenda que os pais e as familiares, antes de matricularem os filhos, pesquisem valores em escolas semelhantes. Assim, vão poder decidir quais são os preço mais justos.


Reportagem, Bruna Goularte

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