EDUCAÇÃO: Escola sem Partido vai estimular a diversidade ideológica, diz escritor

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REPÓRTER: Promover uma educação neutra e apartidária. Esse é o objetivo do projeto de Lei Escola Sem Partido, em discussão no Congresso Nacional. A opinião é do jornalista e escritor Leandro Narloch. De acordo com ele, o projeto estimula a diversidade de idéias, pois obriga que os professores sempre apresentem dois pontos de vista de um determinado assunto político, ideológico ou religioso.

SONORA:
Leandro Narloch, jornalista e escritor
“O projeto ele dá uma proteção ao aluno contra aquele professor que só quer fazer propaganda partidária, propaganda política, fazer proselitismo, não só político, mas também religioso. Então, o que acontece, o projeto ele estimula a diversidade ideológica. Em uma escola pública, o professor pode dar a opinião dele, a opinião pessoal dele, mas ele tem o dever de mostrar que existe uma controvérsia, apresentar outras opiniões.”

REPÓRTER:
Atualmente, dois projetos de Lei Escola Sem Partido estão sendo analisados pelo congresso. Um no Senado federal e outro na Câmara dos Deputados.

Os projetos propõem que seja afixado na parede das salas de aula de todas as escolas do país um cartaz, onde estarão escritos os deveres do professor, como, por exemplo, não constranger os alunos em razão de convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas. 

O diretor executivo da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, João Luiz Cesarino apóia a medida.

SONORA
: João Luiz Cesarino, diretor executivo da Confenen

“Se eu sou um professor de química, eu tenho que lecionar o que? Química. Se eu sou um professor de matemática, eu tenho que lecionar o que? Matemática. O que está se colocando nesse projeto é que o professor tem que continuar lecionando aquilo pelo qual ele se preparou e não ficar falando de partido político, de sistema político, de ideologia ou de crença religiosa, que não é a função do professor.”

REPÓRTER:
Na Câmara dos Deputados, o Escola Sem Partido, de autoria do deputado Erivelton Santana (PSC-BA) está sendo analisado por uma comissão especial. Em caráter conclusivo, a medida será analisada pelas comissões de Educação; e de Constituição, Justiça e de Cidadania. No Senado, o projeto do senador Magno Malta (PR-ES) está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Reportagem, João Paulo Machado

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