EDUCAÇÃO: Educação básica precisa ter menos disciplinas, acredita especialista

Para Samuel Lara, presidente da Câmara de Educação Básica, da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, o excesso de conteúdos obrigatórios tem atrapalhado o aprendizado dos alunos.

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REPÓRTER: Com a intenção de criar um currículo comum para as escolas brasileiras, o ministério da Educação está propondo a padronização de 60 por cento do conteúdo da educação básica. Ou seja, as escolas públicas e particulares de todo o país vão ter que ensinar o mesmo conteúdo das áreas de linguagem, matemática e ciências humanas. Os outros 40 por cento restantes do currículo vão ser preenchidos com disciplinas que valorizem a regionalidade de cada estado e município.
 
A proposta, de acordo com Samuel Lara, presidente da Câmara de Educação Básica, da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, pode ser uma boa oportunidade para que o MEC reduza o número de disciplinas da atual grade curricular. Atualmente segundo Samuel Lara, o excesso de conteúdos obrigatórios tem atrapalhado o aprendizado dos alunos.
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
 
 “A possibilidade de redução no número de disciplinas e que os conteúdos estivessem focados com maior objetividade para formação do aluno e não pensando na sua avaliação. O aluno termina o ensino médio sendo avaliado como se ele já tivesse que ter um conhecimento necessário ao ensino superior. Em verdade, ele estudou a base para ele entrar no ensino superior.”
 
REPÓRTER: O novo currículo proposto pelo MEC traz temas como sustentabilidade, tecnologia, educação financeira e questões dos direitos humanos. Samuel Lara afirma que as escolas particulares, já há algum tempo, vem oferecendo conteúdos complementares ao exigido pelo MEC. Por isso, de acordo com ele, é fundamental que as instituições continuem investindo para garantir um bom aproveitamento ao aluno.
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
 
“O curriculo comum nacional, de nível nacional, a parte que é comum, é importante que ela seja a mesma para todos os estados da Federação. O diferencial da escola particular ele está não somente nas disciplinas, nos conteúdos complementares que ela oferece, mas está também na qualidade que ela tem do seu professorado e no investimento que ela faz para que possa realmente maior aproveitamento.”

REPÓRTER: Até o dia 15 de Março, qualquer cidadão pode enviar ao ministério da Educação sugestões para as disciplinas e conteúdos que vão fazer parte da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Básico Para através do endereço eletrônico www.portal.mec.gov.br.

 

Reportagem, João Paulo Machado

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