EDUCAÇÃO: Base Nacional Curricular Comum deve trazer currículo mais enxuto, avalia especialista

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REPÓRTER: O Comitê Gestor da Base Nacional Curricular Comum e Reforma do Ensino Médio está analisando desde a última segunda-feira (27) uma nova rodada de contribuições à Base.

A Base Nacional Curricular Comum é o documento que vai definir quais são os conteúdos mínimos que devem ser ensinados aos alunos da educação básica brasileira. O novo currículo faz parte da reformulação do Esnino Médio, sancionada pelo presidente Michel Temer. A reforma já tem força de Lei, mas depende da definição da Base para ser implementada efetivamente. Para o diretor executivo da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, João Luiz Cesarino, a principal mudança no currículo deve ser a redução do número de disciplinas.

SONORA:
João Luiz Cesarino, diretor executivo da Confenen

“As informações que nós temos é que serão diminuídas as disciplinas. Antes da reformulação do Ensino Médio nos tínhamos 13 disciplinas. Então, o aluno tinha contato com muitas matérias e não conseguia se aprofundar em nenhuma, essa que é a verdade. Então ele sabia um pouco de cada coisa. E a promessa que existe é que haverá uma diminuição significativa dando ênfase em português, matemática, ciências naturais e sociais.
 
REPÓRTER: Na avaliação Da Confenen, a quantidade excessiva de conteúdos faz com que o aluno não consiga se aprofundar em nenhum tema, como explica o presidente da entidade, professor Roberto Dornas.
 
SONORA: Roberto Dornas, presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
 
“De modo geral, principalmente em escola pública, o professor é contratado por um tempo maior do que as aulas que efetivamente ele dá. O que precisa é racionalizar a composição curricular, tirando aquilo que seja perfumaria. Porque aí automaticamente ele vai ter mais tempo para tratar dos conteúdos básicos.”

REPÓRTER:
O primeiro texto proposto para a Base Nacional Comum Curricular recebeu cerca de 12 milhões de contribuições de professores, alunos e pessoas interessadas pelo tema. Depois disso, o documento voltou ao governo para ser discutido em comissões nos 27 estados brasileiros. A discussão agora voltou ao Ministério da Educação, onde o novo texto deve trazer mudanças na formação dos professores.

Reportagem, João Paulo Machado

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