ECONOMIA: Taxa de desemprego nas principais regiões metropolitanas é a maior desde 2009, segundo IBGE

A taxa fechou 2015 em 6,8%, nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Brasília também segue tendência e registra taxa de 15,4%, segundo pesquisa do Cofecon

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REPÓRTER: Influenciada pela crise econômica brasileira, a taxa média de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país fechou 2015 em 6,8 por cento. O resultado é dois pontos percentuais superior aos registrados em 2014, quando a taxa média de desocupação fechou o ano em 4,8 por cento. A taxa de desemprego registrada em 2015 é a maior desde 2009. Os números foram divulgados, na última quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, levantados nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Ao todo, a média anual estimada de desempregados é de 1 milhão e 700 mil pessoas, nessas localidades. E outros grandes centros metropolitanos também registram crescentes índices de desocupação entre a população ativa. Um exemplo é a Capital Federal. Somente no DF, 230 mil pessoas encerraram o ano de 2015 desempregadas, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF, divulgada pelo Conselho Federal de Economia, Cofecon. A taxa de desemprego no DF saltou de 11, 7 por cento, em 2014, para 15, 4 por cento, no ano passado. Essa é a primeira vez em 24 anos que o número de empregos no final de um ano é menor que o do ano anterior. Para o presidente do Cofecon, Júlio Miragaya, o crescimento de desempregados foi acentuado pela estrutura econômica e dependência ao setor público.

SONORA
: Presidente do Cofecon, Júlio Miragaya.
 
“Isso é fruto da combinação da crise econômica com a particularidade aqui do Distrito Federal que tem uma estrutura econômica muito precária, excessivamente dependente do setor público que se apresenta em crise.”
 
REPÓRTER: Júlio Miragaya prevê um crescimento da taxa de desocupação em 2016. O presidente do Cofecon explica que por conta da crise econômica,  as pessoas que não trabalhavam para dar prioridade a outras atividades, como estudos, devem procurar ocupação no mercado formal.
 
SONORA: Presidente do Cofecon, Julio Miragaya
 
“Isso acontece em momentos de crise onda há uma redução do rendimento familiar e a uma certa indução de outros componentes da família buscarem o mercado de trabalho, seja um estudante, seja uma dona de casa. Com a redução de empregos formais e com o provável crescimento da população economicamente ativa a gente deve ter um salto ainda maior no contingente e na taxa de desemprego aqui no DF.”
 
REPÓRTER: Ainda de acordo com o relatório divulgado pelo Conselho Federal de Economia, se fossem levados em conta os 11 municípios goianos que fazem parte da região metropolitana de Brasília, os números do desemprego seriam ainda maiores. Ao todo, o número de desempregados chegaria a quase 370 mil pessoas. Isso elevaria a taxa de desemprego metropolitano para 16, 7 por cento.

 

Reportagem, João Paulo Machado 

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