ECONOMIA: Queda dos juros não é suficiente para tirar economia do país do buraco, acredita especialista

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: O Conselho de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa de juros básica da economia brasileira em um por cento, de 12,25 para 11,25 por cento ao ano. A taxa de juros básica é usada pelo Banco Central para controlar a inflação. Juros baixos significam mais crédito e possibilidade de maior consumo para a população, e por consequência, aumento da produção do país. O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará, Lauro Chaves, explica que o corte na taxa de juros pode demorar em fazer efeito na economia e na vida da população.  
 
SONORA: presidente CORECON-CE, Lauro Chaves
 
“É importante salientar que cortar a taxa Selic não significa que o crédito para o consumidor, o crédito para as empresas vai cair na mesma proporção no curto prazo, na semana que vem, por exemplo. O que vai fazer com que a economia retome o crescimento é reduzir o custo do crédito para os consumidores e o custo do crédito para os investidores”.
 
REPÓRTER: De acordo com o IBGE, o desemprego no país aumentou em quase 35 por cento nos últimos cinco anos. A estimativa do instituto é que quase 13 milhões de pessoas estejam sem trabalho no país. Para o presidente do Corecon, do Ceará, Lauro Chaves, a promoção da queda da taxa básica de juros pode ajudar, mas não será suficiente para a retomada da economia. Ele lembra que o país ainda deve demorar alguns anos para garantir a queda do desemprego, por exemplo.
 
SONORA: presidente CORECON-CE, Lauro Chaves
 
“Vamos ter uma pequena retomada da economia, mas não é o suficiente para tirar esses 13 milhões de desempregados do limbo. Nós não vamos conseguir um crescimento forte, sustentável, pelo menos nos próximos um ou dois anos”.
 
REPÓRTER: O corte de um por cento na taxa básica de juros da economia foi o maior dos últimos oito anos e a quinta baixa realizada em sequência pelo Banco Central. Em julho de 2015, a taxa chegou a ser de 14,25 por cento.
 

 

Reportagem, Cristiano Carlos

Receba nossos conteúdos em primeira mão.