REPÓRTER: O Banco Central manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25 por cento pela oitava vez seguida. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (20), pelo Comitê de Política Monetária, o Copom. Essa foi a primeira reunião do Comitê sob o comando do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
Na avaliação do Copom, o cenário atual da economia indica que não há espaço para flexibilizar a política monetária.A Selic é a base de todos os juros do Brasil, mas é utilizada apenas como uma referência.
No dia-a-dia, a população paga taxas bem mais altas. De acordo com o BC, por exemplo, os juros do cheque especial atingiram 311,3 por cento ao ano.A decisão do Copom mostra que o brasileiro vai continuar pagando juros altos.
No entanto, manter o valor lá em cima é uma maneira que o Banco Central tem para tentar conter e atingir a meta da inflação, de 4,5 por cento. Em 12 meses, até junho, a inflação somou 8,84 por cento, o que significa que ela está bem distante da meta e passa o teto de 6,5 por cento.
O objetivo de manter os juros altos é fazer com que o brasileiro consuma menos, para que o preço dos produtos diminua e, assim, a inflação baixe. O problema é que os juros altos prejudicam a atividade econômica e, por isso, dificultam a criação de empregos.
Reportagem, Bruna Goularte