Data de publicação: 31 de Janeiro de 2017, 14:30h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: O Ministério da Saúde admite que a Chikungunya é a grande preocupação para este verão, porque no ano passado poucas pessoas tiveram a doença no país e a maioria da população não está imune. É caso de Duque de Caxias, onde em 2016 foram registrados menos de 250 casos. Ainda não há vacina para a Chikungunya e quem foi infectado pelo vírus reclama de muita dor. É o caso do aposentado de 72 anos, Walter Moraes Vieira.
TEC./SONORA: Walter Moraes Vieira, aposentado, 72 anos
“Eu não sabia nem o que era. Começou com problemas no meu joelho, tornozelo, os dedos ficaram inchados... aí eu fui saber o que foi. Eu não conseguia levantar da cama! Eu melhorava e no outro dia estava tudo de novo. Um ano e pouco! Agora voltou querendo atacar meus dedos da mão esquerda e o meu cotovelo direito está inchado! É uma dor horrível!
LOC.: O consultor do Ministério da Saúde, Kleber Luz, fala um pouco mais sobre os sintomas da Chikungunya.
TEC./SONORA: Kleber Luz, consultor do Ministério da Saúde,
“Ela se caracteriza por uma febre alta, pode também ter manchas com coceira no corpo, os olhos podem ficar avermelhados, dor de cabeça, pode ter náuseas, vômito... mas o que marca a doença é a capacidade de comprometer as juntas. Então as articulações, tanto da coluna, como punho, joelho, tornozelo podem ficar muito inflamados, com inchaços e uma dor incapacitante”.
LOC.: De acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde, no início do ano, o nível de infestação do mosquito em Duque de Caxias está em 1,1%, ou seja, a cidade está em estado de alerta, como explica a Diretora do Departamento de Vigilância e Saúde, Sandra Vitória.
TEC./SONORA: Diretora do Departamento de Vigilância e Saúde, Sandra Vitória
“O LIRAa deu 1,1. Nós estamos em médio risco. E nós temos alguns bairros com alto risco, são dois bairros só em alto risco. O restante é de médio e baixo risco. Alto risco: bairro de Vila Nova e Parque Duque. Temos o bairro de 25 de Agosto, o bairro do Pilar e o bairro de Jardim Gramacho. São estes bairros que a gente vai começar o nosso trabalho agora, inicialmente, para combater este índice alto de infestação”.
LOC.: Mas de acordo com o guarda de endemias Waldeci Ribeiro Vieira, há outros bairros em que os agentes de saúde têm dificuldade de combater o mosquito, simplesmente porque as pessoas não deixam que eles entrem na casa delas.
TEC./SONORA: Waldeci Ribeiro Vieira, Guarda de endemias de Duque de Caxias
“A gente tem a dificuldade de alguns bairros, principalmente Centro de Duque de Caxias, 25 de Agosto, por exemplo, de entrar nas residências, até mesmo por causa de algumas situações de violência. A gente está encontrando muito esta barreira. E onde o índice está maior, pela dificuldade de entrar nas residências são os bairros de 25 de Agosto, Vila São Luís, Saracuruna, Jardim Primavera... nós estamos com este problema. Então são estes bairros que nós estamos atacando mais para fazer o trabalho”.
LOC.: Os médicos e enfermeiros da rede de Saúde do município serão capacitados este ano para poder atender os casos de Chikungunya. Porém, é preciso da ajuda de toda a população para evitar a proliferação do mosquito, como explica o Secretário de Saúde de Duque de Caxias, José Carlos Oliveira.
TEC./SONORA: José Carlos Oliveira, secretário de Saúde de Duque de Caxias
“Sem a ajuda da população, a Secretaria de Saúde ou o Governo do Município, não vai conseguir eliminar a Chikungunya aqui de Duque de Caxias. Nós precisamos muito das 850 mil pessoas que moram em Duque de Caxias”.
LOC.: Mas e você? Tem feito a sua parte? Mobilize a sua família, amigos, colegas de trabalho para eliminar os focos do mosquito... afinal, cuidados simples e de rotina, podem salvar uma vida e esta luta é de todos nós. Para saber mais sobre as doenças e formas de combate, acesse o site saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde. Governo Federal
