DUQUE DE CAXIAS (RJ): Desinformação e preconceito são desafios no combate à Tuberculose

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LOC: O Ministério da Saúde tem unido forças com os municípios no Programa de Controle da Tuberculose. Duque de Caxias ocupa o segundo lugar em ocorrências de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro. Foram 656 casos no ano passado, ficando atrás apenas da capital, Rio de Janeiro, sendo o décimo colocado no ranking nacional. A situação é preocupante. Para a coordenadora do Programa de Combate à Tuberculose de Duque de Caxias, Maria Cristina Gil, a falta de informação tem sido um obstáculo para vencer a doença.

 

TEC/SONORA: Maria Cristina Gil, coordenadora do Programa de Combate à Tuberculose de Duque de Caxias.

 

“Tem muitas pessoas ainda que não acreditam  que a doença pode atingir elas. Eles geralmente estão com a doença, acham que a tosse é causada pelo cigarro, por um processo alérgico e a doença vai complicando e é por isso que nós estamos fazendo todos os nosso esforços justamente para tentar combatê-la. A gente informa que o tratamento é gratuito, que o tratamento é feito por seis meses.”

 

LOC: No ano passado, 11% das pessoas que contraíram Tuberculose em Duque de Caxias abandonaram o tratamento antes dos seis meses. Esses pacientes podem desenvolver a Tuberculose multirresistente. Nesse caso, o tratamento pode chegar a dois anos. Há também muito preconceito em torno da doença. Ter o apoio de amigos e familiares pode ser fundamental para que o paciente siga com a medicação e o acompanhamento médico até o fim. É o que explica Maria Cristina Gil.

 

TEC/SONORA: Maria Cristina Gil, coordenadora do Programa de Combate à Tuberculose de Duque de Caxias.

 

“Todo mundo tem muito medo ainda da Tuberculose, mas a gente procura desmistificar tudo isso. Quando o paciente faz o diagnóstico de Tuberculose, a gente orienta que não precisa separar talher, copo, prato. Não precisa separar o paciente e colocar em um quarto separado. Ele pode ter um convívio normal. Tem que manter as janelas abertas, a casa bem arejada, que não precisa separar nada relacionado a esse paciente.”

 

LOC: Para apoiar e incentivar os doentes, o Instituto Vila Rosário visita residências em Duque de Caxias informando sobre a Tuberculose e questionando os moradores sobre os sintomas. Caso alguém apresente tosse há mais de três semanas, essa pessoa é conduzida para fazer o teste. A agente comunitária responsável pelo Instituto Vila Rosário Clara Souza conta que o trabalho não é feito apenas com o paciente, mas com todos que convivem com eles em um verdadeiro trabalho de conscientização.

 

TEC/SONORA: Clara Souza, agente comunitária responsável pelo Instituto Vila Rosário Clara Souza.

 

“Antes, as pessoas tem aquele preconceito de separar o talher de não querer nem que pessoa, às vezes, participe dentro de casa com eles. Até a própria vizinhança. Quando você chega, eles falam assim ‘olha, cuidado, que ali a pessoa tá com Tuberculose’ e vão logo apontando. Aí a gente tem aquela situação de falar ‘gente, olha, é um momento em que a pessoa precisa de apoio, não de discriminação’.”

 

LOC: Fique atento aos sintomas e a apoie as pessoas com Tuberculose que estão próximas a você. Quem esteve em contato com um doente, também, deve procurar uma unidade de saúde. Tuberculose tem cura. Para mais informações, acesse saude.gov.br

 

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