DEPRESSÃO: Crianças também são afetadas pela doença

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REPÓRTER: Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a depressão é o segundo fator que mais incapacita pessoas no Brasil. Mais de onze milhões de adultos têm diagnóstico de depressão, sendo que destes, praticamente a metade recebe tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse número corresponde a 47%. Apesar dos dados apresentarem um quantitativo de adultos com a doença, é preciso ficar atento às crianças, pois muitas também são acometidas pelo mal. Como foi o caso de Ludmyla Almeida Rocha, de dezessete anos, mas que convive com a depressão desde os sete anos de idade.

SONORA: estudante, Ludmyla Almeida Rocha.

“Antigamente eu era dócil, fofa e amigável com todo mundo, principalmente com meus pais. Só que com vários motivos do passado, eu me tornei fechada, não sorria para nada, me isolava de todos. Foi aí que, para mim, tudo parou de fazer sentido. Para que existe o colégio se eu não estava aprendendo nada, para que eu estava indo se eu não tinha amigos? Então eu parei de fazer as coisas que eu gostava de fazer e só queria dormir porque era o meu método de fuga”.

REPÓRTER: A psicóloga Cecília Frota explica que é preciso atenção aos detalhes na vida da criança, pois a depressão altera o comportamento cotidiano.

SONORA: psicóloga, Cecília Frota.

“Tem uma tristeza, tá triste porque se você acabou de ganhar um presente? Não sei, estou triste. Está triste por que acabou de tirar nota boa na escola? Não sei, estou triste. Como a gente observa? A criança diminui o brincar, ela perde o desejo por aqueles brinquedos preferidos. A criança se isola mais dos coleguinhas, se isola mais da família. Pode acontecer uma perda de peso, ou pode o que é muito comum, que a depressão vem associada a um momento ansioso, onde a criança pode até ter um ganho de peso, onde ela desconta tudo na comida”.

REPÓRTER: O Sistema Único de Saúde oferta tratamento integral à depressão, sendo que casos leves são tratados e acompanhados nas mais de 40 mil Unidades Básicas de Saúde, e casos mais graves e complexos são encaminhados aos mais de 2,4 mil Cetros de Atenção Psicossocial (CAPS).  

Reportagem, Janary Damacena.

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