CÍRIO 2015: Saiba mais sobre origem da corda do Círio

No programa de hoje vamos saber sobre um dos mais conhecidos ícones do Círio, a corda.

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REPORTER: Ola ouvintes da Web Radio Jus, eu sou o Storni Jr estamos de volta com o especial Círio de Nazaré ano 2015. No programa de hoje vamos saber sobre um dos mais conhecidos ícones do Círio, a corda.

 
Durante a procissão de 1855, quando a Berlinda ficou atolada por conta de uma forte chuva, a Diretoria da Festa teve a ideia de arranjar uma grande Corda, emprestada às pressas de um comerciante, para que os fiéis puxassem a Berlinda. A partir daí, os organizadores do Círio começaram a se prevenir, levando sempre uma Corda durante a romaria. Mas, foi somente no ano de 1885 que a Corda foi oficializada no Círio, substituindo definitivamente os animais que puxavam a Berlinda.
 
 No Círio de 1926, o arcebispo Dom Irineu  extinguiu a Corda do Círio, já que “não compreendia o comportamento na Corda, onde homens e mulheres se empurravam em atitudes nada devotas”. A proibição gerou várias manifestações populares e políticas, mas chegou a durar cinco anos. Só em 1931, com a intervenção pessoal de Magalhães Barata, então governador do Estado, a Corda voltou a fazer parte do Círio. A Corda puxada pelos promesseiros é um dos maiores ícones da grande procissão do Círio e, também, da Trasladação.     Enfileirados, homens e mulheres puxam a Corda que faz a Berlinda com a Imagem da Santa se movimentar.        
Por ser um objeto com um grande significado, a corda acaba sendo disputada por romeiros durante toda a procissão. Alguns, mais afoitos, não esperam a imagem peregrina chegar até a Praça Santuário e cortam lascas da corda no caminho - com isso o símbolo se rompe e, muitas vezes, chega separado da padroeira ao final da procissão.  A estudante Aline Cunha, esteve em 2014, pagando uma promessa na corda,
 
SONORA: Aline Cunha, promesseira Cirio 2014.
 
“Todos nós ali estamos em prol de um objetivo que é levar nossa senhora ao destino e todos ali numa fé, numa união, mesmo com todas as dificuldades, com toda a falta de ar, com todo aquele aperto, mas a corda é como se fosse o cordão umbilical, é aquilo que alimenta a nossa fé com a promessa alcançada, com todos os promesseiros que chegam lá e pegam um pedacinho da corda, é uma experiência única, é aquele sentimento que a gente verifica e sente , é mágico, é só a fé mesmo pra gente ta ali mesmo cansada depois de todo o percurso, todo o sacrifício com a sede, com toda a necessidade, mas o fato de chegar la, é recompensante”.
 
Vamos ouvir agora a canção Nossa senhora da Berlinda na interpretaçãodo vocalista da banda Nosso Tom, Julio Cezar. E ficamos por aqui Estaremos de volta no próximo programa contando um pouco mais sobre tudo que envolve a festa do Cirio de Nazaré, não perca nossos reprises. Até o próximo programa.
 
Produção e apresentação, Storni Jr. Edição de texto, Will Montenegro e edição de áudio Mário Melo.
 

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