CIDADANIA: Reciclagem garante inclusão social de apenados

Na capacitação sobre o funcionamento de cooperativas que atuam com materiais recicláveis, cerca 30 apenados participaram da ação, que faz parte do projeto “Reciclando Lixo, Transformando Vidas”, do Poder Judiciário. 

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REPÓRTER: O apenado Ronaldo de Moura, de 26 anos, está em liberdade condicional e aproveitou a oportunidade oferecida pelo Judiciário para se capacitar em coleta de material reciclável. Ronaldo garante que pretende atuar no mercado de trabalho.

 
SONORA: Apenado, Ronaldo de Moura.
 
“Já tinha vontade de trabalhar, só que na minha condição ficava muito difícil. Então, quando apareceu essa oportunidade para mim foi algo sensacional, a oportunidade para mudar a minha vida, para mudar a minha história”.
 
REPÓRTER: Na capacitação sobre o funcionamento de cooperativas que atuam com materiais recicláveis, cerca 30 apenados participaram da ação, que faz parte do projeto “Reciclando Lixo, Transformando Vidas”, do Poder Judiciário. A diretora de produção da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, Herlen Ferro, destaca que egresso precisa se enquadrar na atividade.
 
SONORA: Diretora de produção da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, Herlen Ferro.
 
“A gente tem que obedecer um perfil, saber primeiro se eles querem realmente trabalhar e se eles tem a competência, a capacidade para trabalhar na cooperativa, se eles se enquadram na questão do corporativismo, que é ser solidário, conhecer o trabalho, é ter respeito pelo colega. A gente está fazendo uma política de inclusão social”.
 
REPÓRTER: Atualmente, na Região Metropolitana de Belém, existem 2.100 apenados em livramento condicional ou prisão domiciliar. Desse total, cerca de 900 estão cadastrados no projeto Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça, e mais de 200 já atuam nas empresas parceiras do Judiciário paraense. O juiz da 1ª Vara de Execução Penal da Capital, Cláudio Rendeiro, comenta a reinserção do apenado na sociedade.
 
SONORA: Juiz da 1ª Vara de Execução Penal da Capital, Cláudio Rendeiro.
 
“O convênio ele aproxima a empresa do preso. Então, a empresa fica mais aberta a receber, ela fica mais aberta a participar daquela ação, porque é uma ação de cidadania. Isso vai ter um reflexo na economia, vai ter um reflexo na reincidência, porque o egresso que trabalha e tem uma renda mensal, esse reflexo vai funcionar também um desestimulo ao retorno ao crime”.
 
REPÓRTER: A capacitação dos apenados na coleta de materiais recicláveis e sobre o funcionamento de cooperativas de catadores ocorreu no Fórum Criminal de Belém.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau
 

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