CIDADANIA: Judiciário paraense realiza nova etapa de campanha contra violência à mulher

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REPÓRTER: Segundo dados da Secretaria de Política para Mulheres, no Brasil, uma a cada cinco mulheres é vítima de violência doméstica. Cerca de 80 por cento dos casos são cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Os motivos são os mais variados, como bebida, ciúme, a não aceitação da separação, entre outros. A dona de casa Roberta Mendes, nome fictício da personagem, relata emocionada que, mesmo grávida de sete meses, sofreu por parte do ex- companheiro violência doméstica. Roberta Mendes ainda faz um apelo às mulheres.
 
SONORA: Roberta Mendes, dona de casa.
Aos 19 anos engravidei da minha segunda filha, Pamela. A Pamela achava que ia ser o elo dessa união que já vinha perdida e Pámela, com apenas sete meses de vida de gestação, eu levei um chute tão forte na barriga, que eu achei que o nascimento dela ira ser naquele dia. Não foi no mesmo dia, mas foi dois dias após. É um apelo a vocês, mulheres, denunciem esses homens para que vocês tenham dignidade pra seguir”.
 
REPÓRTER: Em memória aos dez anos da Lei Maria da Penha, o Tribunal de Justiça do Pará fará, entre os dias 16 e 20 de agosto, a 5ª etapa nacional da campanha “Paz: Nossa Justa Causa”, de combate à violência contra as mulheres. A juíza Mônica Maciel ressalta que toda mulher vítima de violência deve denunciar.
 
SONORA: Mônica Maciel, juíza.
Toda mulher que for vitima, seja de violência física, moral, violência sexual ou qualquer tipo de violência; ameaça, seja ameaça de morte ou lesão corporal, que realmente possa procurar seus direitos, que serão devidamente garantidos e ficará realmente preservada na sua integridade física e psicológica”.
 
REPÓRTER:  O Poder Judiciário do Pará tem organizado várias ações de combate à violência contra a mulher e analisado processos que envolvem violência doméstica e familiar. A coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Pará, desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira, destaca a importância de romper o ciclo da violência.
 
SONORA: Maria Elvina Gemaque Taveira, desembargadora
“O Tribunal de Justiça já vem trabalhando há algum tempo no sentido de empoderamento que a mulher precisa, de realmente tomar a frente, aprender a denunciar. Há a necessidade de que ela crie a coragem de sair desse ciclo para poder buscar essa proteção. Se ela não fala, não temos como chegar até lá”.
 
REPÓRTER: As ações da campanha “Paz: Nossa Justa Causa” envolvem mutirões nas Comarcas de todo o estado, entre os dias 16 e 19 de agosto, para acelerar a tramitação de processos de violência contra a mulher.
 
A programação será encerrada com ação de cidadania, em 20 de agosto, na Aldeia da Cultura Amazônica Davi Miguel, no bairro da Pedreira, em Belém, com atendimento jurídico, orientação sobre os direitos da mulher, emissão de documentos, consultas com clínico geral e pediatra, além de testes rápidos de HIV e sífilis.
 
Com a colaboração de Thamyres Nicolau, reportagem, Storni Jr

 

 

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