Data de publicação: 29 de Novembro de 2016, 16:25h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC: Antônio Carlos Franco é um lutador. O agente de endemias, de 49 anos, faz um trabalho muito importante em Cianorte: ele luta diariamente contra o mosquito que transmite a Dengue,Zika e Chikungunya. Seu trabalho é bater de porta em porta para identificar, dentro das casas dos moradores, aqueles lugares que têm água parada e, por isso, podem virar foco desse mosquito.
Mas sabe qual é a maior coincidência? Antes de se tornar um agente de endemias e combater todos os dias o mosquito, Antônio Carlos pegou Dengue. E não é só isso: a mulher e os dois filhos do agente também pegaram a doença na mesma época. Antônio mora na Cristóvão Colombo, na Zona 1, e lembra como o ano de 2014 foi difícil para toda a família.
TEC/SONORA: Antônio Carlos Franco, Agente de endemias
“Cada um teve um sintoma diferente. Em uns, deu coceira, em outros deu mais dores no corpo, mal-estar. Eu também senti que, mesmo após passar o período da Dengue, houve diferença no paladar. Eu e a esposa conversávamos que dava diferença. Às vezes, não sentia muito o sal, ou o açúcar, perdi um pouco os sentidos. E os meninos, em um deu mais coceira, em outro, deu mais vermelhidão no corpo. Mas cada um foi de uma forma mais intensa, ou não. Febre deu também. Em uns mais forte, outros menos. O interessante é que foi em um período de menos de 20 dias que os quatro ficaram contaminados.”
LOC: De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Cianorte sofreu com três epidemias de Dengue seguidas. Em 2013, 772 pessoas tiveram a doença. Em 2014, ano em que Antônio Carlos e a família adoeceram, foram 428 casos. Já em 2015, 604 moradores tiveram Dengue. Esta situação ficou um pouquinho melhor este ano, mas ainda precisa de cuidados. No primeiro semestre, 75 casos foram confirmados. Agora, no segundo, três moradores foram infectados pelo mosquito. Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as Zonas 2, 7 e 8 são as que mais apresentaram focos do inseto este ano.
É por isso que, diariamente, Antônio Carlos e outros 39 agentes de endemias fazem o trabalho de vistoriar os lares da população de Cianorte. Ao todo, são 37 mil casas que precisam ser visitadas a cada dois meses. Mas o trabalho não é só dos agentes de combate ao mosquito. Vera Lúcia Craveiro, supervisora do Programa de Combate à Dengue de Cianorte, lembra que todo mundo precisa fazer a sua parte.
TEC/SONORA: Vera Lúcia Craveiro, supervisora do Programa de Combate à Dengue do município de Cianorte
“É importantíssimo que o morador, quando o agente chega à sua residência, que o atenda bem. Que ouça o que ele tem a dizer. Que o acompanhe nas vistorias. Porque muitas vezes ele está tão acostumado com a visita do agente, que manda ele entrar e não acompanha, não recebe orientações. E isso é muito importante porque o morador, depois da visita do agente, tem que dar continuidade ao trabalho. O mosquito se reproduz com muita rapidez no calor, no verão. E um foco, em dez dias, se transforma em um mosquito adulto.”
LOC: Você também pode ajudar na batalha contra o mosquito que transmite Dengue, Zika e Chikungunya. Se você conhece algum lugar na cidade que tem algum foco ou criadouro, é só ligar para o Setor de Combate à Dengue de Cianorte, no número: 3629-6777. E para saber mais sobre como você pode proteger sua família e seus vizinhos desse mosquito, acesse:
saude.gov.br/combateaedes 
