CEIA: Procura por carne de porco cresce cerca de 25% neste final de ano

CEIA: Procura por carne de porco cresce cerca de 25% neste final de ano

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REPÓRTER: Cresce a procura por um dos pratos mais tradicionais das festas de final de ano no Brasil. A busca por leitões no país, em dezembro, cresceu cerca de 25 por cento em comparação ao ano passado, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Suínos. Apesar do aumento no preço do quilo do porco, a tradição de ter a carne suína à mesa foi uma das principais causas da alta nas vendas, de acordo com a entidade. Segundo o criador de suínos de São Paulo, Valdomiro Ferreira, quem cria porcos vai ter que antecipar o abate para não deixar os brasileiros sem um dos pratos preferidos no fim do ano.

SONORA: produtor – Valdomiro Ferreira

"Nós, praticamente, vendemos toda a nossa produção e vamos puxar um pouco a produção de março e de janeiro antecipando o abate. Provavelmente, nos 20 dias de janeiro, os animais serão abatidos agora no final do ano em função da demanda. Então nós vamos estar com a produção toda ela, praticamente, esgotada. Esse é um crescimento em torno do ano passado, em torno de 5 a 7 por cento a mais."

REPÓRTER: E não são apenas os produtores de suínos que estão faturando com esse aumento na procura. Os açougues do país já estão aumentando o estoque caso falte o produto no mercado. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, Nilo De Sá, os consumidores podem ficar aliviados.

SONORA: diretor-executivo – Nilo De Sá

"Certamente, não vai chegar nesse ponto de ter falta. O que aconteceu realmente é que houve uma menor oferta. Os preços em 2014 foram altos, acima da média histórica, mas a tendência agora é que ele chegue um ponto de equilíbrio num patamar muito mais baixo do que em 2014. Mas, faltar não vai faltar todo mundo vai poder comer um pernil, um lombo assado no final do ano."

REPÓRTER: O abate da carcaça e dos animais vivos, também, aumentou mais de cinco por cento no terceiro trimestre de 2014. De acordo com o IBGE, autor da pesquisa, este resultado é o melhor terceiro trimestre desde que o levantamento foi criado, em 1997, estabelecendo um novo record. Hoje, em São Paulo, o valor da carcaça do suíno custa em média sete reais e 40 centavos. Já o suíno vivo está saindo a quatro reais e 52 centavos.

Reportagem, Victor Maciel

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