REPÓRTER: O município goiano de Catalão ainda não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde na segunda etapa de vacinação contra o vírus HPV. Segundo dados do ministério, menos de 4% de meninas entre 11 e 13 anos tomaram a segunda dose da vacina, disponível gratuitamente nos dois postos de saúde da cidade. O objetivo é aplicar a dose em 75% das jovens dessa faixa etária. De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus HPV é o principal causador do câncer do colo do útero em mulheres. Dados do Instituto Nacional do Câncer, revelam que podem surgir 620 novos casos da doença em 2015, apenas em Goiás. A vacina é segura e não causa efeitos colaterais graves. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovich, explica os possíveis efeitos da vacina contra o vírus HPV.
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
"Qualquer vacina, por ser uma injeção, ela pode produzir efeito colateral. Qualquer injeção pode produzir algum tipo de reação inflamatória no local de aplicação. Pode ficar um pouco vermelho, pode ficar um pouco dolorido, no entanto isso não representa qualquer gravidade. Assim como qualquer injeção pode provocar a reação em quem não gosta, em quem tem medo ou em quem reage a tomar injeção. Pode ser uma reação de dor, pode ser uma reação de nervosismo, pode até ser uma reação de desmaio, que aconteceria com qualquer injeção, e não por ser uma injeção que contém a vacina contra o HPV”.
REPÓRTER: A vacinação contra o vírus HPV é dividida em três etapas. Após a aplicação da primeira dose, a adolescente deve ser vacinada novamente seis meses depois. A terceira e última dose deve ser aplicada cinco anos depois da primeira aplicação. Os dois postos de saúde de Catalão estão localizados na região central do município e no bairro Rio Gomes. Atendem de segunda a sexta-feira, de oito da manhã às cinco da tarde. As jovens que vão tomar a vacina contra o vírus HPV podem tomar a vacina sem autorização dos pais ou responsáveis. Devem levar o cartão de vacinação ou um documento de identidade. A partir de janeiro deste ano, meninas de 9 e 10 anos também podem tomar a primeira dose da vacina.
Reportagem, Ivana Sant' Anna
