CARNE FRACA: Parte da propina de esquema de venda de carnes estragadas abastecia partidos políticos, diz delegado

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REPÓRTER: A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Carne Fraca, que investiga fraudes em fiscalizações do Ministério da Agricultura com um esquema de pagamento de propina, envolvendo duas das maiores companhias da indústria de carnes do mundo, a BRF, dona das marcas Sadia, Perdigão, Batavo e Elegê e o grupo JBS, que detém as marcas Seara, Swift, Vigor e Friboi.

A operação foi deflagrada no Distrito Federal e em seis estados: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. As irregularidades encontradas nas denuncias vão desde carne estragada a uso de produtos cancerígenos em doses altas.

De acordo com o delegado federal Maurício Moscardi Grillo, parte do dinheiro arrecadado pelo esquema de corrupção servia para abastecer dois partidos políticos, o PMDB e o PP.

SONORA:
Maurício Moscardi Grillo, delegado federal

“Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político. Caracteristicamente, já foi falado ao longo da investigação dois partidos que ficavam claros: o PP e o PMDB”

REPÓRTER:
O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, aparece nas investigações comandadas pela Polícia Federal. Em um grampo telefônico, o ministro chama o fiscal apontado como líder do esquema de “grande chefe” e pergunta sobre problemas em um frigorífico no Paraná.

Reportagem, João Paulo Machado

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