CAMPO MOURÃO (PR): Hemonúcleo precisa de doações dos tipos sanguíneos negativos

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LOC.: A história de vida do seu Nelson de Freitas, de 61 anos, poderia ser o roteiro de um filme. Há 22 anos, o aposentado tinha uma vida desregrada, bebia, fumava e era viciado em jogos de azar. Por conta dos excessos, teve úlceras no estômago e desenvolveu cirrose severa. Entre a vida e a morte, ficou internado na UTI por 11 dias na Central Hospitalar Center Clínica, hospital da cidade de Campo Mourão. Foram necessárias 45 bolsas de sangue para controlar os sangramentos na região abdominal. Anos depois, já recuperado, seu Nelson passou a trabalhar no hemonúcleo do município. O local, que chama de segunda casa, foi de onde saíram as bolsas de sangue que salvaram sua vida. Solteiro e morador da Rua São Josafat, no centro da cidade, o aposentado relembra os momentos difíceis que passou.

TEC./SONORA: Nelson de Freitas, aposentado.

“Eu tive tudo que você imaginar de ruim, eu estive morto. Não me alimentava direito, eu só bebia, jogava, fumava, me deu umas complicações, me deu umas úlceras violentas. Me deu úlcera nervosa, deu cirrose, deu tudo. 11 dias fiquei internado no hospital Central Hospitalar. Eu nasci de novo. Nunca imaginava que eu seria um dia convidado a trabalhar no hemonúcleo. Eu nem sabia o que era um hemonúcleo. Eu sabia, assim, o superficial, mas daí foi a maior alegria eu saber que eu já tinha passado por aquilo e estava trabalhando dentro daquilo.”

LOC.: O Hemonúcleo de Campo Mourão registra, em média, 600 doações mensais e é responsável por abastecer 25 municípios da região centro ocidental paranaense. A enfermeira técnica da unidade, Marizete Sanchez, afirma que as principais dificuldades são o espaço físico limitado e a dificuldade na captação de doadores, fatores que comprometem a manutenção do estoque de sangue.

TEC./SONORA:
Marizete Sanchez, enfermeira técnica do Hemonúcleo de Campo Mourão.

“O nosso estoque, hoje, ele está no nosso limite mínimo, vamos dizer assim. Nós tivemos uma demanda muito grande de saída de sangue, então a gente está fazendo a captação, a gente está chamando. A maior dificuldade é de tipos sanguíneos negativos, O negativo, A negativo, AB negativo. Esses são mais difíceis de a gente ter em um estoque que seja satisfatório. Tem que estar sempre na captação, a gente tem que estar sempre ligando, lembrando o doador, pedindo para ele se ele pode vir doar.”

LOC.: Seja você também um doador e salve vidas como a do seu Nelson. Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, em bom estado de saúde e pesando no mínimo 50 quilos. Em Campo Mourão, o hemonúcleo fica na Rua Mamborê, no centro da cidade. A coleta é feita de segunda a sexta-feira, das sete e meia às onze da manhã e de uma e meia às cinco da tarde. O telefone para contato é 3535-1102. Repetindo: 3535-1102. Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doesangue.

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