LOC.: Confusão, explosões e incêndios marcaram a manifestação desta quarta-feira (24), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Integrantes de movimentos sindicais de todo o país se reuniram no local para reivindicar a saída de Michel Temer da Presidência da República e pedir a realização de eleições diretas.
Durante o protesto, o grupo tentou furar o cordão de revista dos policiais, que revidaram com spray de pimenta. Os manifestantes continuaram avançando sobre o bloqueio da polícia e conseguiram passar a barreira. Na sequência, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo foram lançados pela PM para dispersar os manifestantes. Hastes de bandeiras e outros objetos foram atirados contra os policiais. Os manifestantes seguiram em direção ao Congresso Nacional, onde estava posicionada outra barreira da tropa de choque e da cavalaria da PM. Prédios de Ministérios foram danificados com vidros quebrados e pichações. Durante a confusão, manifestantes atearam fogo na parte interna do Ministério da Agricultura. Eles também queimaram orelhões, cones e placas do Detran e bicicletas públicas disponíveis no local. Pelo menos cinco Ministérios foram alvos de vandalismo durante a manifestação: Planejamento, Cultura, Minas e Energia, Fazenda e Transportes.
O presidente Michel Temer chegou a decretar uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, determinando a presença de militares do Exército para fazer a segurança de prédios públicos da região da Esplanada dos Ministérios, até o dia 31 deste mês. A informação foi repassada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, em pronunciamento dado nessa quarta-feira (24), no Palácio do Planalto.
TEC./SONORA: Raul Jungmann, ministro da Defesa
“Levando em conta que uma manifestação que estava prevista como pacífica, ela degringolou à violência, o vandalismo, o desrespeito, na agressão ao patrimônio público, na ameaça às pessoas, o senhor presidente da República uma ação de garantia da lei e da ordem.”
LOC.: De acordo com a Polícia Militar, a estimativa foi de que 25 mil pessoas participaram do ato. Já os organizadores falaram em 150 mil manifestantes.
Reportagem, Marquezan Araújo
