BRASIL: Governo vai editar MP para endurecer penas a caminhoneiro que bloqueia rodovia

A Polícia Rodoviária Federal registrou 16 pontos de paralisação em sete estados, no terceiro dia de paralisação

 

 

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REPÓRTER: Após o início da paralisação dos caminhoneiros ocorrido em rodovias de sete estados Brasileiros, na última segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que o governo vai editar uma medida provisória para endurecer a pena aos caminhoneiros que derem continuidade aos bloqueios nas rodovias. Atualmente, a multa para quem bloqueia estradas é de dois mil e novecentos Reais. Porém, a partir da alteração, esse valor vai para cinco mil e 700 Reais. Já para os organizadores das manifestações, a multa deve ser de mais de 19 mil Reais. Além desses aumentos, o grevista que voltar a praticar a mesma ação perde, por 10 anos, o acesso ao incentivo de crédito para adquirir novo veículo. A partir da nova alteração, a Polícia Rodoviária Federal fica autorizada a contratar guincho particular para remover os veículos que bloqueiam as rodovias e quem paga é o caminhoneiro. E por fim, a Força Nacional pode atuar no desbloqueio das estradas, em auxílio à PRF. O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros, José Fonseca, concorda com a penalização daqueles que bloqueiam as rodovias.

SONORA: José Fonseca, presidente da Abcam

 “E aquele que está parado por ter que ficar preso lá, por ameaça, vai ter que ter uma justificativa muito forte para não ter que pagar essa multa. É uma situação muito complicada. Agora, aqueles caminhoneiros que mesmo sendo representados por sindicatos de qualquer região do Brasil, que entenderam que deveriam parar e brigar “Fora, Dilma” e “Fora, governo”, esses vão ter que pagar o preço.”

REPÓRTER: Nesta quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal registrou 16 pontos de paralisação em sete estados – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Bahia, com pontos de bloqueio registrados em sete municípios. Em dois deles, Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, e Colinas, em Tocantins, houve um bloqueio total da rodovia. O estado do Rio Grande do Sul contou com o maior número de paralisações, em sete municípios, onde não houve bloqueio de rodovias. Esse movimento reclama da alta na taxa de impostos e da elevação nos preços de combustíveis. Tem como principal reivindicação o pedido de renúncia da presidente Dilma Rousseff. Os protestos são organizados por motoristas autônomos desvinculados dos sindicatos.

Reportagem, Sara Rodrigues

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