BRASIL: Economistas têm compromisso com a redução da desigualdade no País, diz presidente do Conselho Federal de Economia

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REPÓRTER: Um dos problemas mais marcantes da economia brasileira é a grande desigualdade social existente. Para o presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, este é o principal desafio da nossa economia e os economistas têm um papel fundamental na busca de soluções para tornar o Brasil um país socialmente mais justo.

SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia
"A gente sabe que o Brasil é um dos países mais desiguais do nosso planeta. A distribuição de renda e da riqueza é muito ruim. O Brasil está no final da fila entre os países que praticam uma boa distribuição da renda e da riqueza. O economista tem compromisso com isso. Ele deve ter compromisso em trabalhar para que essa extrema desigualdade que existe em nosso país, possa ser reduzida, ser atenuada".
 
REPÓRTER: Na avaliação do presidente do Cofecon, questões como a PEC 55, que delimita um teto para as despesas do governo, e a PEC 287, que propõe a reforma da Previdência, precisam ser debatidas seriamente pelos economistas. Júlio Miragaya acredita que propostas como essas são desafios para a economia brasileira e vão contra o crescimento social do país. 
 
SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia
"O que a gente tem visto no Brasil nos últimos meses, seja através da PEC 55 - que infelizmente foi aprovada no Congresso Nacional a toque de caixa, com uma manifestação contundente do Conselho Federal contra essa aprovação - ou seja agora na proposta de reforma da previdência, na PEC 287... Essas medidas vão no sentido contrário do que o país precisa para melhor distribuir sua renda".
 
REPÓRTER: E é por causa da preocupação com o desenvolvimento do Brasil, que o Conselho Federal de Economia lançou a Campanha pela Redução da Desigualdade Social, com o objetivo de discutir e pressionar órgãos do governo a tomarem iniciativas na luta contra o problema. Júlio Miragaya explica a iniciativa, que será um dos pilares da gestão do Cofecon em 2017.
 
SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia
"E o nosso objetivo é, através dessa campanha, pela redução da desigualdade social no Brasil, sensibilizar as pessoas, conscientizar as pessoas, para que isso resulte em uma pressão sobre o Executivo, sobre o Congresso Nacional para que se pratique uma outra política no Brasil. Uma política que permita a melhoria de vida da população, a redução da desigualdade, para construir uma sociedade mais justa e mais sadia." 
 
REPÓRTER: O economista Júlio Miragaya foi eleito como presidente do Conselho Federal de Economia pelo segundo ano consecutivo e tomou posse na última quinta-feira (2).
 
Com a colaboração de Bruna Goularte, reportagem, João Paulo Machado  

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