REPÓRTER: Apenas quatro por cento das meninas que moram em Belterra tomaram a vacina que previne contra o câncer do colo do útero. A meta do ministério da Saúde é imunizar contra o vírus HPV no mínimo, 75 por cento das adolescentes entre 11 e 13 anos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o estado do Pará lidera o ranking em estimativas do câncer do colo do útero para 2015, com cerca de, mil casos durante todo o ano. O enfermeiro Lúcio Meireles, trabalha na coordenação de imunização da cidade de Belterra. Ele conta que, os pais deixaram de procurar as unidades de saúde depois que boatos sobre a reação da vacina se espalhou pelo município. Ele explica, o que tem feito para convencer os responsáveis a levarem as filhas para tomar a segunda dose da vacina.
SONORA: Lúcio Meireles, coordenador
“A gente esclarece os pais e familiares dessa adolescente do município de Belterra, para que as filhas vão até as unidades de saúde para está recebendo a segunda dose ou até então, aquelas que ao estavam na faixa etária antes da campanha, que completaram agora, para que elas recebem essa vacina que é muito importante na prevenção do câncer do colo do útero, a gente quer esclarecer e dizer que a vacina não trás nenhum efeito colateral contrariando aquilo que foi falado na mídia, que ao tem nenhum efeito colateral.”
REPÓRTER: A vacina contra o HPV é segura, não tem contraindicação e não causa reações adversas graves. De acordo com o médico, Olímpio Ferreira de Almeida, ginecologista oncológico do Instituto Nacional do Câncer, a falta de conhecimento sobre os males causados pelo vírus HPV dificulta a imunização nas adolescentes. Ele afirma que, a população precisa de informação clara sobre a doença e tranquiliza os pais quanto aos efeitos da vacina.
SONORA: Médico, Olímpio Ferreira de Almeida
“A vacina, ela não tem problema, não faz mal. Os efeitos que ela tem são mais de fundo emocional. Às vezes, tem pacientes que só o fato de aparecer sangue, ela desmaia. Esses efeitos que saem às vezes na imprensa, que poderiam ser associados à vacina, não existem. A vacina não dá efeitos colaterais. O máximo que ela dá é dor local ou alguma vermelhidão local. E isso aí, todas as vacinas podem produzir esses efeitos.”
REPÓRTER: O papiloma vírus humano, como é conhecido o HPV, pode se desenvolver em mais 100 tipos de vírus. A maior parte não apresenta sintomas e regride com o tempo. Porém, 13 bactérias podem evoluir para o câncer. A doença é transmitida principalmente pela relação sexual e, em casos raros, pelo simples aperto de mão ou até mesmo na hora do parto, basta o contato com a pele infectada. Em Belterra a vacina pode ser aplicada no posto de saúde que fica na BR 163 quilômetro 63, no centro. O ministério da Saúde reduziu a idade para a aplicação da primeira dose, a partir do mês de janeiro, meninas com nove e 10 anos de idade devem receber a primeira dose da vacina que previne o contra o câncer do colo do útero.
Reportagem, Rodrigo Santos