BELÉM: Projeto ajuda no combate a violência sexual contra crianças e adolescentes

Casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem em todo o Brasil. Segundo dados da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, somente 10% dos casos envolvendo violência contra crianças chegam ao Judiciário.

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LOC/REPÓRTER: A estudante Paula Moraes, nome fictício de nossa personagem, tem apenas 16 anos de idade, aos 12 anos ficou grávida após um abuso sexual cometido pelo tio. Paula faz parte de um grande número de mulheres adolescentes que sofreram algum tipo de violência.
 
TEC/SONORA: Estudante Ana Beatriz
 
“Ei tinha 11 anos, quando eu fiz 12 anos eu descobri que estava grávida, um tio de sangue, minha mãe saia para trabalhar, meu pai trabalhava também, meus irmãos saiam para escola de tarde e os outros trabalhavam também, então só ficava eu mesma”.
 
LOC/REPÓRTER: Casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem em todo o Brasil. Segundo dados da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, somente 10% dos casos envolvendo violência contra crianças chegam ao Judiciário. Entre as muitas iniciativas de ajudar a fortalecer a rede de proteção de crianças e adolescentes, o projeto “Minha Escola, Meu Refugio”, tem realizado visitas em escolas Municipais e Estaduais de Belém. A juíza Mônica Maciel explica quais os objetivos a serem alcançados com essa iniciativa.
TEC/SONORA: Juíza Mônica Maciel.
“O projeto minha escola, meu refugio, ele foi idealizado com o objetivo de criar formas melhores de prevenção em casos de violência contra crianças e adolescentes, violência física ou também violência sexual. Nós observamos que a maioria dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorre no ambiente intra familiar”.
LOC/REPÓRTER: Juízes, promotores de justiça e psicólogos fazem parte da equipe que visitam as escolas. A Escola Municipal de Ensino Fundamental, Nestor Nonato Lima, foi uma das escolas que já receberam o projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”. A diretora da instituição, Maria das Neves ressalta a importância do trabalho desenvolvido pela Justiça paraense.
 
TEC/SONORA: Professora e diretora da Escola Municipal Nestor Nonato Lima.
 
“Para mim é um momento único, porque não acontece vê esses trabalhos desenvolvidos onde vem a juíza, onde vem o promotor pra gente discutir com a comunidade”.
 
LOC/REPÓRTER: De acordo com o serviço de Disque Denúncia da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, somente no final do ano passado, foram registrados cerca de 162 mil relatos de violência física, psicológica e violência sexual contra crianças e adolescentes. Qualquer pessoa pode denunciar crimes contra crianças e adolescentes, basta ligar para o disque 100, que é um serviço gratuito.  
 
Reportagem, Storni Jr. 

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