BELÉM (PA): Processos de violência doméstica serão atendidos durante mutirão

REPÓRTER: Mais 763 processos de violência doméstica, dos bairros da Pedreira e Marco, serão atendidos durante esta semana, no segundo mutirão dos bairros, promovido pela Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Pará. Segundo a coordenadora responsável, desembargadora Elvira Gemaque Taveira, o mutirão tem o objetivo de diminuir o estoque de processos.

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: Mais 763 processos de violência doméstica, dos bairros da Pedreira e Marco, serão atendidos durante esta semana, no segundo mutirão dos bairros, promovido pela Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Pará. Segundo a coordenadora responsável, desembargadora Elvira Gemaque Taveira, o mutirão tem o objetivo de diminuir o estoque de processos.
 
SONORA: Desembargadora Elvira Gemaque
 
"O foco realmente é diminuir processos, é acelerar, é uma justiça mais rápida, mais célere. Mas em paralelo aos processos, nós temos feito outras ações, como ontem na praça Batista Campos em parceria com Detran nós tivemos 6 servidoras da equipe multidisciplinar para esclarecer. Então nós temos um trabalho paralelo em relação não só processual, mais também de esclarecimento e prevenção. Temos um trabalho conjunto, promotores, juízes, defensores, Propaz e toda a equipe multidisciplinar."  
 
REPÓRTER: Ao todo, 18 profissionais estarão trabalhando nas audiências, despachos, sentenças, decisões e até baixa e arquivamento de processos durante toda a semana. Uma vendedora, de 34 anos, que não quis ser identificada, participou do mutirão e conta que viveu sob ameaças, perseguições e agressões físicas por três meses. E somente após ficar sob medidas protetivas, ela conseguiu se sentir segura.
 
SONORA: Vítima de violência doméstica
 
“Fico muito assustada, ele ligava pra mim e falava que ia mandar me matar, quando menos esperava ia chegar alguém, que tinha gente que me seguia de casa pro trabalho, sabia onde eu ia, que eu não ia ver meus filhos crescerem, tudo isso ele falava. E eu quero que continue assim com medidas protetivas, porque quando eu estou com medidas protetivas eu me sinto protegida.” 
 
REPÓRTER: O juiz da 3ª vara de violência doméstica e familiar, Otávio Albuquerque conta que a  maioria dos processos estão relacionados aos crimes de lesão corporal de natureza leve, ameaças, perturbação de tranquilidade, crimes contra a honra e vias de fato. Segundo o magistrado, o mutirão é importante porque dá resposta às mulheres vítimas de violência.  
 
SONORA: Juiz Otávio Albuquerque
 
“Bom, eu acho que a principal é a resposta do Poder, enquanto poder estatal, que é através do judiciário, que dá a resposta, seja do final do processo a condenação ou a sentença, que seja a condenação ou absolvição, que seja uma reposta rápida, porque uma resposta do judiciário tardia, não deixa também de vir ser uma injustiça paras as partes de ver o réu ou o agressor sofrer uma penalidade.”
 
https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif
REPÓRTER: O mutirão prossegue até sexta-feira, dia 23, de oito da manhã às cinco horas da tarde, no Fórum Criminal, em Belém.
 
Reportagem, Marcela Coelho
 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.