BELÉM: Judiciário e professores no combate à violência sexual

Professores de escolas que já receberam a visita do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, de combate e prevenção à violência contra crianças e adolescentes, reuniram-se com a equipe da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes para trocar experiências sobre as ações desenvolvidas a partir das visitas da equipe. 

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REPÓRTER: Professores de escolas que já receberam a visita do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, de combate e prevenção à violência contra crianças e adolescentes, reuniram-se com a equipe da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes para trocar experiências sobre as ações desenvolvidas a partir dessas visitas. A diretora da Escola Municipal Amância Pantoja, Valdenise Rocha, relatou um caso de abuso sexual a uma aluna de oito anos, em que o pai da criança era o agressor. Para a professora, o projeto “Minha Escola, Meu Refúgio” auxilia no combate à violência.  
 
SONORA: Valdenise Rocha, diretora da Escola Municipal Amância Pantoja
“O projeto é interessante porque ele vem para esclarecer não só a comunidade escolar, mas a comunidade também do entorno, os pais... a gente tenta fazer com que os pais sejam também conhecedores dos tipos de violência. Então, é uma questão mesmo de informação, e a gente sabe que a gente combate muitos problemas através da informação. É mais um motivo de a gente estar aqui, para contribuir, para ver se pelo menos a gente minimiza, ou então, acaba de uma vez com esse problema. Porque ele traz para dentro da escola problemas ligados à aprendizagem, ligados ao comportamento da criança”.
 
REPÓRTER: Em 2015, o Disque 100 registrou 147 denúncias de abuso sexual contra menores no Pará. Nos quatro primeiros meses deste ano, 33 casos foram relatados à Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes. Atualmente, tramitam no Judiciário 680 processos dessa natureza. A coordenadora do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, juíza Mônica Maciel, diz que a escola tem um papel relevante na identificação de abusos sofridos pelas crianças.https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif
 
SONORA: Mônica Maciel, juíza e coordenadora do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”.
“A escola surge como uma porta de entrada dentro da rede de proteção, porque é o segundo local mais frequentado por essa criança, adolescente, vítima de abuso sexual. E, a partir da identificação de sinais, de mudanças de comportamento, de indicativos de prática de abuso sexual ou de qualquer outro tipo de violência, através da escola, nós podemos chegar ao conhecimento, através dos educadores, com quem a criança estabelece relação de afetividade e de confiança, chega ao conhecimento das autoridades competentes”.
 
REPÓRTER: O projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, do Judiciário, já visitou 16 escolas de Belém. No dia 20 de maio, a ação ocorrerá na Escola Municipal Alana de Souza Barbosa, no bairro Sideral.

 

Reportagem, Thamyres Nicolau

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