BELÉM: Judiciário debate violência doméstica

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REPÓRTER: Durante a programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o Judiciário paraense realizou a palestra “Dependência Afetiva e Violência Contra Mulher”. A abordagem sobre o tema foi da psicóloga Silvia Canaan, que tem mais de 20 anos de experiência no assunto. A psicóloga faz uma relação entre as mulheres vítimas da dependência e da violência.

SONORA: Psicóloga, Silvia Canaan.
 
“Mulheres em situação de dependência afetiva frequentemente se encontram também em situação de violência doméstica e familiar. Percebíamos que ao longo do tempo havia situações de violência psicológica que elas não identificavam, processos de desqualificações, acusações indevidas, a pessoa deixava a autoestima da outra no zero, como elas diziam, e elas não se davam conta. Com o tempo essa agressão psicológica ia evoluindo, chegando na agressão verbal, física e a outros tipos de agressão que a gente sabe”.
 
REPÓRTER: À frente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira comenta a relevância da denúncia em casos de violência contra a mulher.
 
SONORA: Desembargadora, Maria Elvina Gemaque Taveira.
 
“O tema é bastante oportuno, considerando que a dependência afetiva da mulher constitui um entrave que impede sua libertação do ciclo de violência criada pelo agressor. Só podemos acabar com a violência se elas realmente nos trazerem essa situação vivida em casa através do companheiro, do marido, de um familiar e para nós podermos, digamos, tolir, para podermos avançar em uma direção positiva, isso é de fundamental importância que elas tragam, que elas denunciem, que elas não se calem”.
 
REPÓRTER: A palestra “Dependência Afetiva e Violência Contra Mulher” ocorreu no Fórum Criminal de Belém e contou ainda com a apresentação musical da maestrina do coral “Desembargador Delival Nobre”, do Judiciário, e da cantora lírica Márcia Alivertti.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau
 

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