BARRA DO PIRAÍ (RJ): Somente 13% das adolescentes entre 11 e 13 anos tomaram segunda dose da vacina contra vírus HPV

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REPÓRTER: As jovens entre 11 e 13 anos do município de Barra do Piraí, localizado no sul do Rio de Janeiro, não têm comparecido aos postos de saúde para tomar a segunda dose da vacina contra o HPV. Apenas 298 meninas foram imunizadas contra o vírus, o que corresponde a 13 por cento do público alvo da campanha. A meta do ministério da Saúde é vacinar 75 por cento das adolescentes do País. Muitos pais e jovens têm medo dos supostos efeitos colaterais causados pela vacinação, como paralisia e desmaio. Porém, o ministério garante que a imunização é segura e podem ocorrer apenas pequenos efeitos adversos, como dor no local da aplicação e, em casos raros, febre e dor de cabeça. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, ressalta que é preciso tomar todas as doses da vacina para as meninas ficarem imunizadas contra o papiloma vírus e outras doenças, como o câncer do colo do útero.
 
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch
 
“É importantíssimo que as meninas tomem o esquema completo, com três doses, porque esse é o esquema que garantirá uma imunidade capaz de protegê-las contra o câncer de colo de útero. E o câncer de colo de útero, como a maioria dos cânceres, é uma doença grave.”
 
REPÓRTER: O vírus do HPV é o principal causador do câncer do colo do útero e o terceiro que mais mata mulheres no País. De acordo como Instituto Nacional do Câncer devem ser registrados neste ano no Rio de Janeiro mais 1340 novos casos da doença. De acordo como ministério da Saúde a vacina é a forma mais segura e eficaz de evitar o câncer. Para o secretário de vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, as meninas que tomaram a vacina podem se tornar as primeiras mulheres livres do câncer do colo do útero no futuro.
 
SONORA: Secretário de Vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa
 
“Hoje qualquer menina de nosso País pode estar protegida contra o câncer do colo do útero. Por isso é muito importante que as meninas que tomaram a primeira dose tomem à segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose e cinco anos depois ela toma o reforço para que a gente tenha a mortalidade por câncer de colo do útero reduzida de maneira drástica em nosso País”.  
 
REPÓRTER: O município oferece a segunda dose da vacinação em 21 postos de saúde da cidade. As meninas entre 11 e 13 anos não precisam da autorização dos pais para se imunizar, basta levar a caderneta de vacinação ou um documento com identificação. Os locais funcionam diariamente das sete e meia da manhã até as oito da noite.
 
Reportagem, Rodrigo Nunes

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