BAHIA: Capim Grosso, Conceição do Coité e Cipó estão abaixo da meta de vacinação contra o HPV

Dados do Ministério da Saúde apontam que os três municípios não bateram a meta de 75 por cento de vacinação

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REPÓRTER: Os 15 postos de saúde espalhados em Capim Grosso, Conceição do Coité e Cipó não tiveram a procura pela vacina contra o HPV esperada pelo Ministério da Saúde. Dados do ministério apontam que os três municípios baianos não alcançaram a meta de 75 por cento de vacinação da segunda dose contra o vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, o município de Conceição do Coité imunizou somente 30 por cento das garotas entre 11 e 13 anos de idade. A vacinação em Cipó também foi baixa. Segundo o Ministério foram vacinadas 26 por cento das meninas. A imunização foi ainda menor em Capim Grosso. Somente 17 por cento das adolescentes tomaram a segunda dose da vacina.Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o vírus HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, que é a quarta doença que mais mata mulheres no Brasil. As meninas de Cipó, Capim Grosso e Conceição do Coité não precisam se preocupar com possíveis efeitos colaterais da vacina contra o HPV. O secretário de Ciência, Tecnologia e insumos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, conta que no Brasil não houve nenhum caso de efeito colateral.

 
SONORA: Secretário de Ciência, Tecnologia e insumos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
 
“É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer no colo de útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas como qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais e isso é infinitamente menor que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.    
 
REPÓRTER: A população baiana precisa ficar atenta nas três fases da vacina contra o vírus HPV. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica a importância das três doses da imunização.
 
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
 
"A imunização ela é dada por uma vacina oferecida em três doses, e as três doses são importantes. Então ela é iniciada em meninas aos onze anos de idade. Nós estamos iniciando com meninas de onze a treze anos de idade justamente para alcançar aquelas que já completaram onze anos há mais tempo. Então neste momento da introdução da vacina, isso é um calendário um pouco estendido, porque no futuro nós manteremos apenas a primeira dose aos onze anos de idade. Depois de tomar a primeira dose, ela recebe uma segunda dose de reforço. A dose única ela não é eficaz para produzir a proteção contra o HPV, por isso as duas doses, e uma terceira dose cinco anos depois”.
 
REPÓRTER: O Coordenador de Vigilância Epidemiológica de Capim Grosso, Rangel Sousa, faz um convite às mães para levarem suas filhas para os postos de saúde.
 
SONORA: Coordenador de Vigilância Epidemiológica, Rangel Sousa.
 
“Eu peço as mães que tomem a consciência que é uma vacina super segura. É uma vacina que vai prevenir suas filhas de algo futuro, algo pior. As mães levem suas crianças, peçam as adolescentes para ir aos postos de saúde, pois é uma vacina 100 por cento eficaz e não causou nenhum efeito colateral vacinal nas meninas de Capim Grosso. Então vocês procurem os postos de saúde, pois assim vocês vão estar promovendo saúde para suas adolescentes”.  
 
REPÓRTER: Apesar de Cipó, Conceição do Coité e Capim Grosso não terem batido a meta de vacinação contra o HPV, dois municípios baianos alcançaram a meta do Ministério da Saúde. Riachão do Jacuípe e Várzea da Roça superaram os 75 por cento de imunização entre as meninas da região. As meninas entre 11 e 13 anos de idade que ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV devem procurar os postos de saúde o quanto antes. As 15 unidades de saúde espalhadas por Capim Grosso, Cipó e Conceição do Coité funcionam de segunda a sexta-feira, de oito da manhã às cinco da tarde. As adolescentes devem levar o cartão de vacinação ou um documento de identidade para se imunizar.
 
Com a colaboração de Guilherme Pesqueira, reportagem, Henrique Carmo

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