AULA MAGNA: Sistema carcerário é tema de conferência

O conselheiro do CNJ expôs um amplo histórico das rebeliões nos presídios do País e suas características desde o ano de 1970. 

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REPÓRTER: A Escola Superior da Magistratura do Tribunal de Justiça do Pará iniciou, nesta quarta-feira, 29, o ano letivo 2017, com a conferência magna do conselheiro Rogério José Bento Soares do Nascimento, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O palestrante abordou o tema “Sistema Carcerário Brasileiro”. O auditório do Fórum Cível, onde foi realizado o evento, contou com a presença de vários alunos do curso de Direito, bem como de magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Pará. O conselheiro do CNJ, Rogério José Bento do Nascimento, ressaltou que é importante que o Judiciário tenha um pensamento mais humano sobre o sistema carcerário.
 
SONORA: Conselheiro Rogério José Bento Soares.
 
É muito importante um tribunal pensar no sistema carcerário de uma forma humana. Eventos como esse permitem sensibilizar o Judiciário de que o sistema carcerário tem solução”.
 
REPORTER:  Durante uma hora, o conselheiro José Bento tocou em pontos importantes a respeito dos desafios enfrentados pelo Poder Judiciário no sistema carcerário brasileiro.  O conselheiro do CNJ expôs um amplo histórico das rebeliões nos presídios do País e suas características desde o ano de 1970, passando pelo episódio de Carandiru (SP), do presídio São José (PA), até o último mês de janeiro, que classificou como “janeiro sangrento”, em decorrência das rebeliões nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. De acordo com o conselheiro Rogério José Bento, a sociedade não pode virar as costas para o sistema carcerário brasileiro. O vice-presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Leonardo de Noronha Tavares, destaca que para o Judiciário paraense é uma honra promover um evento desta natureza, pois o Judiciário paraense tem buscando melhorar a situação dos encarcerados no estado.  
 
SONORA: Desembargador Leonardo de Noronha Tavares.
 
“Pra nós é uma honra, até porque pela estatística que o professor apresentou, o conselheiro, nós estamos muito bem na foto junto ao CNJ, isso mostra a dedicação do tribunal de justiça junto aos presos, porque cada vez mais vamos melhorar a situação carcerária em nosso estado. ”
 
REPÓRTER: O evento foi realizado no auditório do Fórum Cível, no bairro da Cidade Velha. Na abertura e no encerramento da conferência, o público assistiu à apresentação do coral Timbres, formado por internos do Centro de Recuperação Feminino (CRF) e do Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), regido pela maestrina Vera Santos, com apresentação de músicas de Waldemar Henrique, carimbó e dos hinos Nacional e do Pará.
 
Reportagem, Storni Jr. 
 

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