AMAZONAS: Estado opera com Previdência no vermelho, segundo estudo

O déficit da Previdência se desenvolve na medida em que diminui a arrecadação dos recursos utilizados para pagar aposentadorias e pensões

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

LOC: Vinte e três Unidades da Federação estão operando com a Previdência no vermelho. As informações são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, que analisou os períodos de 2006 a 2015. Amazonas está com déficit menor que 6,5%.

Apesar de baixo, o número não deixa o estado fora dessa lista. Por isso, pensando em melhorar a situação geral do país, o Deputado Federal Pauderney Avelino (DEM-AM), defende modificações nas regras previdenciárias atuais para garantir que os aposentados e pensionistas dos próximos anos recebam esses benefícios.

TEC/SONORA: Pauderney Avelino, Deputado Federal (DEM-AM).

“A reforma é necessária. Nós precisamos fazê-la para dar condições que as próximas gerações possam ter honrado o contrato que a geração atual está fazendo para o futuro. Nós entendemos que, se não houver uma reforma quebra o Estado e não teremos as condições de o Estado pagar, nem aposentados e nem pensionistas. E isso é o pior dos mundos.”

LOC: O déficit da Previdência se desenvolve na medida em que diminui a arrecadação dos recursos utilizados para pagar aposentadorias e pensões. Este ano, o prejuízo da Previdência pode chegar a R$ 181 bilhões, segundo projeção da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

O economista do Departamento de Assuntos Fiscais e sociais do Ministério do Planejamento, Arnaldo Lima, entende que, como o brasileiro está vivendo mais, a necessidade de mudanças nas regras do setor é uma realidade. Para Arnaldo, essas alterações vão garantir não só aposentadorias, mas também investimentos em outras áreas fundamentais para o desenvolvimento social.

TEC/SONORA: Arnaldo Lima, economista do Departamento de Assuntos Fiscais e sociais do Ministério do Planejamento

“A população está envelhecendo cada vez mais e necessariamente teremos que alocar mais recursos especialmente em saúde. E a Reforma da Previdência é o pilar para o melhor planejamento. O que a gente pensa é que, com a Reforma da Previdência nós vamos ter uma eficiência locativa. Poderemos investir mais em saúde e educação, especialmente na primeira infância, para que no futuro ele tenha condições melhores de inclusão previdenciária. Então a não Reforma não é uma opção e não reforma seria transferir uma responsabilidade para os nossos filhos e netos, e não é isso o que a gente quer fazer.”

LOC: Adotar uma idade mínima para tempo de contribuição e equiparar esse tempo para homens e mulheres estão entre as medidas previstas nas novas regras propostas. Quem já é aposentado ou recebe pensão não vai ser afetado pela reforma. Ou seja, essas pessoas não vão ter nenhuma mudança no valor dos benefícios.

Reportagem, Marquezan Araújo
 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.