Data de publicação: 04 de Abril de 2017, 01:19h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC: A aproximação da temporada de chuvas em Alagoas faz com que um problema presente no dia a dia do estado mude de característica. Se durante o período de seca boa parte dos focos do mosquito que transmite Zika, Dengue e Chikungunya estava nos reservatórios de água mal cuidados, com a chegada das águas o foco é outro. Paulo Protázio é supervisor de controle de endemias de Alagoas e detalha o porque os cuidados durante esse período devem ser intensificados.
TEC/SONORA: Paulo Protázio, supervisor de controle de endemias
“A partir do momento que nós tivermos os temporais, os níveis desses recipientes se elevarão, e aí você terá a eclosão de milhares de ovos do mosquito. Então, logicamente, nós esperamos a circulação desses arbovírus.”
LOC: Locais como calhas, pneus e outros recipientes que estiverem descartados de forma incorreta podem acabar acumulando água e servindo como criatórios para a reprodução do mosquito transmissor das três doenças. De acordo com Paulo Protázio, municípios como Girau do Ponciano, Arapiraca, Teotônio Vilela e outras cidades que compõem o agreste alagoano se encontram com índices elevados de infestação do mosquito, mas não são só esses municípios.
Cícero Fagno tem 36 anos, é agente de combate a endemias, morador de Delmiro Gouvêa, cidade do sertão alagoano, e lá foi infectado pelo vírus Zika. Por sorte, Cícero conta que teve sintomas relativamente leves da doença, mas afirma que conhece outras pessoas que tiveram quadros mais graves.
Autoridade na prevenção ao mosquito, ele detalha outros locais que costumam ser criadouros do mosquito, mas que acabam passando desapercebidos pelos moradores.
TEC/SONORA: Cícero Fagno, agente de endemias
“Em residências que tem dois banheiros, as pessoas costumam utilizar um e o outro fica inativo. Mas mesmo ali ainda tem os sanitários, ralos e tudo isso acumula água. Então são esses detalhes que ainda provocam alguns focos e nós estamos trabalhando contra isso.”
LOC: Até o meio de março, de acordo com dados da secretaria Estadual de Saúde, Alagoas registrou mais de 350 casos de Dengue, 140 de Zika e mais de 100 de Chikungunya. Para mais informações sobre os sintomas e métodos de combate ao mosquito acesse saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.
