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O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) assinou Acordo de Cooperação Técnica com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) para o desenvolvimento do ‘Programa Nacional de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais’, em parceria com instituições acadêmicas e outros institutos de ciência, tecnologia e inovação (ICTs).
O projeto tem início com a criação de uma forte rede de pesquisa por novos insumos agrícolas, com o objetivo de gerar o crescimento sustentável da produção agrícola brasileira, além da compensação da emissão de gases do efeito estufa, por meio da fixação de carbono no solo. Entre as metas a serem alcançadas pelo programa estão diagnosticar qual a contribuição dos agrominerais na redução da dependência externa de fertilizantes solúveis; avaliar a contribuição dos agrominerais na mitigação da ação antrópica sobre as mudanças climáticas (mercado de carbono, certificação, serviços ecossistêmicos); compreender a interação entre microorganismos e minerais (biointemperismo, ciclo do carbono com a utilização de isótopos de moléculas específicas); gerar tecnologias e manejos que maximizem a eficiência dos remineralizadores; e pesquisar a extração de potássio em silicatos, bem como a extração de fósforo de fontes alternativas (fosfatos secundários, depósitos subeconômicos, esgoto urbano e água do mar).
Assinaram o acordo o diretor-presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, e os diretores de Geologia e Recursos Minerais (DGM), Marcio Remédio, e de Infraestrutura Geocientífica (DIG), Paulo Romano. Para Colnago, o Brasil precisa de alternativas para continuar a promover o crescimento da agropecuária. “O acordo traz perspectivas de avanços significativos para estimular o uso sustentável dos nutrientes e buscar por novas alternativas para incrementar o manejo da fertilidade do solo. Nesse sentido, o SGB-CPRM assume papel estratégico em rede de parcerias com instituições conceituadas na área de PDI, alcançando universidades, ICTs, bem como a cooperação com produtores."
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O diretor do DGM, Márcio Remédio, citou o mapeamento agrogeológico fundamental, além da avaliação do potencial agromineral e criação de metodologias e avaliação de fontes potenciais de agrominerais silicáticos para uso - como remineralizadores de solo e outros insumos alternativos para a agricultura. Já Paulo Romano, do DIG, destacou que o acordo promove o encontro da geologia com a biologia, uma vez que os remineralizadores de solo não são diretamente nutrientes de plantas, mas nutrientes de microorganismos que, ao transformarem o pó de rocha aplicado ao solo, liberam, pelo processo de biodissolução, micronuetrientes para as plantas.
O ‘Programa Nacional de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais’ está inserido no contexto do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) e o acordo – já em vigor - tem validade até 2027.
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