NX Gold - mina subterrânea em Nova Xavantina. Foto: Revista Brasil Mineral
NX Gold - mina subterrânea em Nova Xavantina. Foto: Revista Brasil Mineral

Setor tem recorde de produção mesmo em ano de pandemia

Inserção da mineração no rol de atividades consideradas essenciais durante pandemia, recuperação do mercado de commodities minerais e desvalorização do real perante dólar motivaram crescimento

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Apesar da pandemia Covid-19, a indústria mineral brasileira fechou o ano de 2020 com uma performance bastante positiva no que diz respeito ao valor da produção mineral, com um crescimento da ordem de 36%, totalizando R$ 208,1 bilhões. Em 2019, o valor da produção mineral foi de R$ 153,4 bilhões. É importante observar que esse valor total da produção mineral brasileira inclui R$ 3,298 bilhões relativos à água mineral, que no Brasil é considerada como bem mineral e da qual existem 702 operações em atividade.

O crescimento da produção foi motivado basicamente por três fatores: um decreto governamental permitiu que a mineração fosse inserida no rol de atividades consideradas essenciais e que, portanto, poderiam continuar operando durante a pandemia; o mercado de commodities minerais, que sofreu um forte baque nos três primeiros meses do ano de 2020, começou a se recuperar a partir do segundo trimestre e os preços de alguns bens minerais produzidos pelo Brasil tiveram bom desempenho; e a forte desvalorização do real perante o dólar, elevando substancialmente o faturamento das empresas em moeda brasileira.

As três principais commodities produzidas pelo Brasil – minério de ferro, ouro e cobre – vivenciaram momentos de mercado favorável, principalmente em termos de preços, mesmo num ambiente de forte crise econômica. No caso do minério de ferro, a surpreendente rapidez com que a China recuperou seu nível de atividade, combinada com uma queda na oferta do maior produtor mundial, a Vale, fez com que os preços de mantivessem em níveis bastante remuneradores para os produtores. Em 2020, o minério de ferro chegou a um pico de US$ 155,84 a tonelada métrica e, na média, ficou em US$ 97/tonelada métrica. O ouro, por sua vez, do qual o Brasil exporta a maior parte de sua produção e que é sempre um refúgio para os investidores nos momentos de crise, teve seus preços elevados para níveis que ninguém se arriscava a prever antes da pandemia, chegando à marca histórica de US$ 2.067/ onça. No caso do cobre, como houve paralisação temporária da produção no Chile e Peru, que são grandes produtores, os preços também se mantiveram em bons níveis. O metal fechou o mês de dezembro de 2020 cotado a US$ 7.893 a tonelada. 

Leia a reportagem completa na edição 411 de Brasil Mineral.

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