POLÍTICA: Senado cassa mandato de Delcídio do Amaral

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REPÓRTER: O plenário Senado Federal decidiu, nesta terça feira, caçar o mandato do senador DelcÍdio do Amaral, ex líder do governo, na casa, e atualmente sem partido. Foram 74 votos favoráveis ao afastamento do parlamentar, nenhum voto contra e uma abstenção.

A votação aberta, feita por meio de painel eletrônico, decidiu que Delcídio quebrou o decoro parlamentar ao ser flagrado em conversa com o filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. No vídeo, o agora, ex-senador, oferecia propina e um plano de fuga para que Cerveró não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público.

O processo contra o ex-petista foi aberto logo depois do senador ter sido preso, em novembro do ano passado, por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O mandato de Delcídio se encerraria em 2018. Com a decisão, ele fica inelegível por oito anos, a partir do fim do mandato. Portanto, ele não poderá concorrer a cargos eletivos durante os próximos 11 anos. A única abstenção foi do senador João Alberto (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética do Senado. Entre os 81 senadores, cinco não compareceram à sessão: além do próprio Delcídio do Amaral; Eduardo Braga (PMDB-AM); Maria do Carmo Alves (DEM-SE); Rose de Freitas (PMDB-ES); e Jader Barbalho (PMDB-PA). Para que o parlamentar perdesse o mandato eram necessários os votos favoráveis da maioria simples dos senadores, ou seja, 41 votos.

O primeiro suplente de Delcídio, o empresário sul-matogrossense Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS) deve assumir a vaga deixada por ele. Pedro Chaves terá até 30 dias para assumir a cadeira de Delcídio. Nesta quarta-feira, os senadores também vão ter de decidir sobre o afastamento, ou não, da Presidente da República, Dilma Rousseff, por susposto crime de responsabilidade. De acordo com o presidente do Senado, Ranan Calheiros, a sessão que vai decidir o futuro de Dilma está marcada para começar às 9 horas da manhã.

Para que Dilma seja afastada do cargo, 41 senadores precisam votar "sim". Do contrario, o processo é arquivado.  Caso o Senado avalize a decisão da Câmara, e vote pelo impeachment de Dilma, a presidente é afastada por 180 dias, para que a casa analise o mérito das acusações contidas no processo.
 
Reportagem, João Paulo Machado

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