Data de publicação: 06 de Julho de 2017, 11:18h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: Por 11 votos a quatro, o conselho de Ética do Senado decidiu, nesta quinta-feira (6), arquivar definitivamente o pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), apresentado pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL. A votação de hoje analisou um recurso assinado por cinco senadores contra a decisão do presidente do conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA) que já havia determinado, em decisão individual, o arquivamento do caso. De acordo com o senador João Alberto, não existem provas que comprovem o envolvimento de Aécio Neves com atos de corrupção.
TEC./SONORA: João Alberto, senador (PMDB-MA)
“Nós agimos aqui como juízes, nós somos juízes, e os juízes não podem agir sob pressão. Ele tem que agir de acordo com o que diz os autos. E o que eu li, o que eu vi e o que eu ouvi, me conscientiza de que não existe absolutamente nada para condenar o senador Aécio Neves”.
LOC.: Autor do recurso votado nesta quinta-feira, defendendo a abertura da representação contra Aécio, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, afirmou que o peso político de Aécio Neves influenciou na decisão desta quinta.
TEC./SONORA: Randolfe Rodrigues, senador (REDE-AP)
“Me parece que há dois tipos de julgamentos. Um contra aqueles que não têm poder político no Senado e outro contra quem tem maior poder político no Senado.”
LOC.: Aécio Neves retomou o mandato de senador na última terça (4), por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF. Aécio passou 45 dias afastado do Senado por decisão do também ministro do STF, Edson Fachin, que levou em conta denúncias de envolvimento do senador com o empresário Joesley Batista, investigado pela Lava Jato.
Reportagem, João Paulo Machado
