PIAUÍ (PI): Número de demissões segue alto no estado em comparação com contratações

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LOC: O mercado de trabalho no Piauí ainda está demitindo mais trabalhadores do que contratando. De acordo com números do Ministério do Trabalho e Emprego, pouco mais de 15 mil pessoas conseguiram emprego no estado entre os meses de fevereiro e março deste ano. No mesmo período, mais de 16 mil trabalhadores foram demitidos, o que significa que o estado registrou um saldo negativo de 770 vagas de trabalho. 
 
Em todo o país, mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. E é para aumentar a quantidade de vagas de trabalho no Piauí e em todo o país, que o Senado Federal está analisando o texto da reforma trabalhista que foi aprovado na Câmara dos Deputados no final de abril.
 
Para o deputado Federal Heráclito Fortes, do PSB piauiense, a reforma trabalhista vai beneficiar principalmente o trabalhador de baixa renda, ao modernizar as relações entre empregado e empregador. Para ele, o fim do imposto sindical obrigatório previsto na reforma é um dos exemplos dos benefícios que serão criados com a aprovação da medida.
 
SONORA: Heráclito Fortes, deputado Federal (PSB-PI)
 
A grande mobilização contra a reforma Trabalhista é porque, finalmente, teve a coragem de acabar com a colaboração obrigatória do imposto sindical. A partir de agora vai contribuir aquele que quiser e que gostar do seu sindicato. Nós temos que pensar em um país moderno, nós temos que pensar em um país com responsabilidade, nós temos o dever de recuperar o tempo perdido e construir o país dos nossos filhos. Nós estamos preocupados em beneficiar é o baixa renda. É aquele trabalhador que não pode sofrer nenhum dano, não pode ter nenhuma diminuição salArial. E o governo foi muito criterioso sobre isso”.
 
LOC: Entre outros pontos, o texto da reforma trabalhista prevê que funcionários possam negociar os 30 dias de férias em até três vezes. Além disso, será possível flexibilizar a jornada de trabalho. Hoje, por exemplo, a CLT não permite que o trabalhador divida suas férias, mesmo que seja de sua vontade. Também será possível, quando for da vontade dos trabalhadores, negociar a redução do horário de almoço para 30 minutos, em compensação, ele poderá sair 30 minutos mais cedo.
 
O professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo, Hélio Zylberstajn, lembra que as negociações diretas entre patrões e empregados vão gerar benefícios para ambos. Para ele, a reforma trabalhista é uma inovação importante para as relações do trabalho no país.
 
TEC./SONORA: Hélio Zylberstajn, professor da USP
 
“Obviamente a mais importante é a ideia da prevalência do negociado sobre o legislado, que é uma inovação importante. Porque ela vai criar oportunidades para ganhos mútuos. Na medida em que se pode aplicar um direito trabalhista de uma forma diferente, os dois lados podem ganhar com isso.”
 
LOC: A reforma Trabalhista está em análise na comissão de Assuntos Econômicos e, em seguida, segue para a comissão de Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça, antes de ser votada no plenário do Senado.
 
Reportagem, Cristiano Carlos

 

 

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